Sam Bankman-Fried usou US$ 546 milhões da Alameda para comprar ações da Robinhood
Os escândalos envolvendo a FTX e seu fundador Sam Bankman-Fried (SBF) parecem não ter fim. Desde que a empresa apresentou um pedido de recuperação judicial e deixou um rombo bilionário, praticamente todos os dias novos detalhes chocantes vêm a público.
Há pouco tempo, noticiou-se que SBF usava o dinheiro dos clientes para comprar mansões para seus executivos nas Bahamas. Isso sem contar outras práticas duvidosas de gestão e manipulação dos recursos dos clientes.
Agora, documentos entregue a justiça sobre o caso mostram que SBF tomou emprestado US$ 546 milhões da Alameda Research para comprar ações da Robinhood (HOOD).
Robinhood e SBF
De acordo com os detalhes da declaração prestada a um tribunal caribenho, a Robinhood (HOOD) foi comprada com dinheiro emprestado. SBF e Gary Wang tomaram emprestados US$ 546 milhões por meio de notas promissórias da Alameda Research em abril e maio.
Além disso, os documentos apontam que os fundos foram usados por SBF para adquirir a participação de 7,6% na Robinhood em maio. No entanto, como o desenrolar do caso vem revelando, o dinheiro emprestado da Alameda também era o dinheiro da FTX e de seus clientes.
As ações de SBF na Robinhood têm sido um dos principais alvos das disputas que surgiram depois da falência da FTX. A BlockFi, por exemplo, processou SBF para colocar as mãos na participação de um milhão de dólares da Robinhood. No entanto, a FTX pediu a um juiz de falências que impedisse a BlockFi de assumir as ações da Robinhood.
Três partes estão competindo pelo controle dessas ações no momento. Um deles é a BlockFi, a empresa de empréstimos de cripto que evitou a falência no início deste ano, enquanto o FTX estava em boa situação financeira. Os outros dois são: Yonathan Ben Shimon, um receptor de Antígua nomeado por um credor da FTX e o próprio Sam Bankman-Fried.
Até o momento, o juiz que analisa o processo da FTX não deu seu parecer sobre o caso Robinhood/FTX/SBF. E, dado a vasta repercussão do caso, é provável que as ações fiquem em poder das autoridades por um longo tempo.