Os pesquisadores da Kaspersky apresentaram sua visão de ameaças de segurança para o próximo ano. De acordo com a empresa, ataques a tecnologias de satélite, hacking de drones e vazamento de informações com pedido de resgate em cripto serão mais frequentes em 2023.
A empresa apontou que o cenário político em 2022 provocou uma mudança que refletirá na cibersegurança durante os próximos anos. Conforme afirma a Kaspersky, isso terá um efeito direto no desenvolvimento de futuros ataques sofisticados.
“A previsão para 2023 baseia-se na perícia e nas atividades que a Equipe Global de Pesquisa e Análise da Kaspersky (GReAT) testemunhou este ano, enquanto seguia mais de 900 grupos e campanhas de APTs”, disse a empresa.
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Ataques que podem ocorrer em 2023
Os investigadores da Kaspersky acreditam que a probabilidade do próximo WannaCry acontecer em 2023 é alta. Além disso, acreditam que os cibercriminosos devem misturar invasões físicas e cibernéticas, como drones para hacking por proximidade.
“Alguns dos cenários de ataque possíveis incluem a montagem de drones com ferramentas suficientes que permitiriam captar WPA. Com isso, eles teriam como função craquear senhas WiFi offline ou mesmo espalhar chaves USB maliciosas em áreas restritas”, afirmou.
Entre as previsões, os peritos da Kaspersky preveem um número recorde de ciberataques destrutivos, que afetarão tanto o setor governamental como as indústrias. Os especialistas acreditam que uma parte deles não será facilmente detectável e se assemelhará a um “acidente aleatório”.
Além disso, o relatório aponta que é provável que os hackers foquem em manipulação e interferência com as tecnologias de satélite, tornando a segurança destas tecnologias cada vez mais importante.
“É bastante claro que 2022 registou grandes mudanças na ordem geopolítica mundial e abre uma nova era de instabilidade. Portanto, uma parte das nossas previsões centra-se em como esta instabilidade se traduzirá em ciberatividades prejudiciais. Enquanto isso, outras refletem a nossa visão de que novos vetores de ataque serão explorados por criminosos”, afirma Ivan Kwiatkowski, pesquisador de segurança sênior na Kaspersky.