Extermínio: 91% das criptomoedas que existiam em 2014 já morreram, diz relatório
Nove em cada 10 criptomoedas criadas desde 2014 deixaram de existir, conforme aponta um relatório da CoinKickoff. A empresa analisou a lista das maiores criptomoedas do mercado e notou uma grande variação.
De acordo com o relatório, a única constante na lista é o Bitcoin (BTC), que se manteve sólido desde a sua fundação. Além disso, a criptomoeda líder é a única que nunca mudou de posição, permanecendo sempre no primeiro lugar.
Os dados da CoinKickoff apontam que 2018 foi o ano de maior “mortalidade”, enquanto a maior parte das criptomoedas foi criada em 2017. A maioria delas morreu por conta de abandono do projeto ou por serem golpes que causaram milhares de dólares em prejuízos.
Mortalidade de 91%
No relatório, a CoinKickoff aponta que 91% das criptomoedas que existiam no bear market de 2014 estão totalmente abandonadas. De lá para cá, todas elas perderam quase ou totalmente o seu valor, caindo na irrelevância.
Em termos de origem, 704 criptomoedas mortas surgiram em 2017. De fato, aquele ano viu um forte ciclo de alta do BTC que estimulou a criação de outras criptoativos. Além disso, o ano de 2018 marcou o ciclo de alta das altcoins, no qual várias criptomoedas diferentes surgiram.
Com isso, a coroa do ano mais mortal na história das criptomoedas vai justamente para 2018. Naquele ano, 751 criptomoedas simplesmente acabaram. Em seguida vem o ano de 2019, que registrou “apenas” 292 mortes de criptomoedas.
Número de criptomoedas mortas por ano. Fonte: CoinKickoff.
Por fim, a empresa aponta quais motivos que levaram os projetos a colapsar. Em 2018, a maioria das mortes ocorreu porque o projeto foi abandonado ou perdeu valor. Nesse sentido, 390 criptomoedas morreram por causa de incompetência, não necessariamente por golpes.
Mas outras 237 criptomoedas acabaram porque eram golpes, sejam scams, rug pulls ou outros. Além disso, outros 12 acabaram simplesmente porque eram piadas, como algumas cripto-meme.
Bitcoin se mantém como rei
Em meio a tudo isso, o BTC manteve-se forte como a única constante. A CoinKickoff destacou o aumento da taxa de hash, que atingiu 270 exahashes por segundo (EH/s) de acordo com o Hashrate Index.
Além disso, o número de endereços com um BTC ou mais superou 1 milhão, quebrando um recorde histórico. Em termos de volume, a rede transacionou US$ 14 trilhões apenas em 2022. De acordo com o relatório, o valor representa um aumento de 13.900% em relação ao volume de transações de 2015.
E assim como essas métricas cresceram, a quantidade de BTC mantida nas exchanges atingiu novas mínimas, indicando que mais bitcoiners estão mantendo suas cripto em carteiras.
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