Proposta de CBDC entre Brasil e Argentina é estupida, diz especialista
A proposta de criação de uma moeda comum entre o Brasil e Argentina vem sendo amplamente criticada por especialistas em finanças e no poder público. A SUR, com seria chamada, foi uma proposta feita pelo presidente de ambas as nações que até mesmo assinaram um acordo de cooperação para seu desenvolvimento.
Comentando sobre o assunto, Carlos Maslatón, membro do La Libertad Avanza, disse que a proposta é estúpida e que ambas as nações perderiam muito em seu aspecto econômico e “jogariam fora tudo que conquistaram”.
Ele destacou que os paises discutem a moeda comum sob dois prismas, sendo o primeiro deles, um enfoque em toda a América Latina e outro mais específico no comercio bilateral entre Brasil e Argentina. No entanto ele aponta que ambos os projetos seriam um fracasso.
No caso de uma moeda comum para toda a América Latina, como é o Euro para a Europa, a proposta demoraria pelo menos 20 anos para ser concretizada. Além disso a Europa tem economias mais estáveis que a América Latina. Ele destaca que um exemplo disso é o próprio Brasil que quase sofreu um golpe militar neste mês.
Brasil e Argentina
Além disso destaca que nenhuma moeda comum será capaz de resolver a principal questão das nações latioamericanas: elas são pobres. “Nenhuma moeda vai fazer as nações ficarem ricas da noite para o dia”, afirmou.
Ele também destacou que qualquer proposta de moeda comum acaba com a autoridade monetaria de uma nação, passando a ser esta autoridade para a organização comum entre os países e isso tem um alto impacto nas nações da América Latina, em especial na Argentina.
“O Banco Central é um flagelo. Que existe (é), mas já existe. Os bancos centrais surgiram historicamente, não como se acredita, para emitir dinheiro e financiar déficits fiscais, mas sim para salvar os bancos do sistema quando eles têm uma corrida bancária. Sempre que há uma corrida cíclica, há o Banco Central que emite dinheiro para evitar o colapso do sistema”, disse.
Portanto, segundo ele, as nações latino americanas, sem um Banco Central controlando seu dinheiro, seria um fracasso total pois as economias são muito frágeis.