MetaMask revela nova política de privacidade para carteiras
Após muita polêmica no fim do ano passado, a MetaMask anunciou na quinta-feira (2) a sua nova política de privacidade. De acordo com a equipe da carteira, as novas regras terão como objetivo aumentar o controle dos usuários sobre os seus dados.
“Atualizamos a extensão para maximizar o controle que você tem sobre seus dados”, disse. Por outro lado, a empresa também prometeu uma “experiência única” na usabilidade da carteira.
Uma das principais mudanças visa proteger os usuários contra golpes. Nas configurações avançadas de privacidade, os usuários agora podem escolher os recursos que enviam solicitações para serviços de terceiros. Com isso eles podem controlar quais aplicativos e criptomoedas podem acessar a MetaMask.
Isso ajuda na detecção de phishing e na identificação de transações recebidas, explicou MetaMask. Ao mesmo tempo, melhora a privacidade dos usuários, que poderão escolher com quem compartilhar seus dados.
Há também a opção de alterar os provedores de RPC (chamada de procedimento remoto) em resposta a críticas sobre o provedor padrão. Atualmente a MetaMask utiliza a Infura, que foi alvo de várias críticas no passado por bloquear usuários da MetaMask que moram em países como Venezuela e Irã.
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MetaMask responde críticas
Em novembro, a ConsenSys, empresa responsável pela MetaMask, lançou uma atualização que recebeu duras críticas da comunidade. As críticas partiram da antiga política de privacidade, que violava dados básicos dos usuários.
Nesse sentido, a política valia para quem utilizasse o provedor padrão Infura. Ao fazer isso, o Infura “coletará seu endereço IP e o endereço da sua carteira Ethereum quando você enviar uma transação”. Ou seja, a MetaMask saberia exatamente quem enviou quanto e para quem enviou.
Isso gerou uma onda de condenação contra a carteira e seus criadores, acusados de violar a privacidade dos usuários. Por isso que a ConsenSys resolveu mudar sua política de RPC nesta atualização mais recente.
Já o recurso de detecção de phishing surgiu por causa do aumento no número de ataques, sobretudo contra as carteiras da MetaMask. Contratos inteligentes maliciosos, como o Monkey Drainer, atraem as vítimas fazendo elas se conectarem a endereços maliciosos. O novo detector de phishing avisa quando o endereço conectado é suspeito, evitando perdas com esse tipo de ataque.
Em 31 de janeiro, a MetaMask anunciou uma nova iniciativa de aprendizado para educar os usuários sobre Web3 e práticas de segurança online. No entanto, a nova atualização continuou recebendo críticas. Chris Bec, analista DeFi e defensor da descentralização, alertou:
“Eu sei que você precisa comercializar seu produto, mas tentar diminuir a importância das frases iniciais não é a maneira de fazer isso”.
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