Mesmo com incertezas, Foxbit lança serviço de staking Foxbit Earn
A exchange brasileira Foxbit anunciou o lançamento de seu serviço de staking de criptomoedas, o Foxbit Earn. De acordo com a exchange, o serviço possui “liquidez diária, sem investimento mínimo e retornos que podem chegar até 49% ao ano”.
Como todo serviço de staking, o Foxbit Earn oferece os retornos conforme o valor aportado. Ou seja, quando mais criptomoedas o cliente deixar na plataforma, maior será o ganho. A plataforma conta com 16 criptomoedas em seu portfólio, entre elas:: Axie Infinity,, Solana, Polkadot , Tezos, Cardano e outras.
No entanto, o Foxbit Earn veio em um momento no qual os reguladores estão apertando o cerco em relação ao staking. O serviço está sob ataque nos Estados Unidos, onde a SEC já proibiu ou limitou as operações em várias plataformas.
Sobre o Foxbit Earn
No Foxbit Earn, o cliente recebe ganhos ao manter suas criptomoedas em pools de plataformas de staking e finanças descentralizadas (DeFi). Dessa forma, o serviço permite a obtenção de renda passiva através da interação com esses protocolos.
De acordo com a Foxbit, o Earn tem um diferencial de outras exchanges: não exige valor mínimo para investimento. Além disso, o cliente não precisa ter tempo mínimo de permanência, pois os rendimentos são creditados diariamente.
Portanto, se o cliente resolver ficar somente um dia ou uma semana, receberá o valor proporcional ao tempo de staking. A retirada das criptomoedas é simplificada e o cliente pode sacar a qualquer momento.
Para contratar o serviço, o cliente deve ou depositar na Foxbit as criptomoedas com as quais deseja fazer staking. Em seguida, basta fazer a contratação do produto escolhido na página do Foxbit Earn. Os ganhos passam a ser computados um dia depois da aplicação, ou seja, começam a gerar ganhos em D+1.
Os ativos, alocados no prazo Flex, podem ser resgatados pelo cliente a qualquer momento. Basta acessar a plataforma da Foxbit, clicar em Meus Earns e solicitar o resgate que é realizado instantaneamente. No entanto, para obter os rendimentos, o cliente precisa ficar com as criptomoedas em staking pelo período mínimo estabelecido no serviço contratado, que atualmente é de D+1.
Risco do staking no Brasil?
Conforme noticiou o CriptoFácil, a SEC dos EUA partiu para cima do staking essa semana. O primeiro alvo foi a exchange Kraken, que precisou cancelar seu serviço de staking para os clientes. Mas e se a CVM decidir tomar uma postura semelhante no Brasil, o timing do Foxbit Earn não seria ruim?
Afinal, a CVM brasileira utiliza critérios semelhantes aos da SEC para avaliar se um produto é investimento ou não. Mas o CEO da Foxbit, Ricardo Dantas, afirmou que o risco dessa proibição ocorrer no Brasil é menor do que nos EUA.
“Consultamos os maiores escritórios advocatícios do país, sobre o nosso produto Earn, que se limita ao staking de criptomoedas que funcionam por meio de protocolo POS (Proof of Staking), onde a remuneração não depende dos esforços da Foxbit ou de terceiros, mas somente da natureza do protocolo POS, que remunera a entrega de criptomoedas para os participantes deste processo”, disse.
Por fim, Dantas afirmou que os reguladores brasileiros estão de olho nas ações da SEC, mas ainda não pretendem agir. E ressaltou que a Foxbit pretende manter suas atividades de acordo com a regulamentação vigente no Brasil.