‘Súditos’ do Faraó dos Bitcoins estariam aplicando golpe em Portugal

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Faraó dos Bitcoin - Golpe em Portugal

Embora Glaidson Acácio dos Santos, o “Faraó dos Bitcoins”, esteja preso desde agosto de 2021 por liderar um esquema de pirâmide financeira que movimentou R$ 38 bilhões, o seu “modelo de negócio” fraudulento segue livre. De acordo com o advogado Jeferson Brandão, “súditos” de Glaidson estariam aplicando o golpe do Faraó, através de uma filial, em Portugal.

A GAS Consultoria, empresa do Faraó dos Bitcoins, tinha sede em Cabo Frio, no Rio de Janeiro. A empresa prometia altos rendimentos a partir de supostos investimentos em Bitcoin. Mas o esquema fraudulento foi desmantelado pela operação Kryptos da Polícia Federal em agosto de 2021.

Golpe com Bitcoins em Portugal

Segundo uma reportagem do jornal O GLOBO, veiculada nesta quinta-feira (04), Brandão é um dos milhares de lesados pela fraude da GAS. Além disso, ele é representante de outros clientes da GAS que, assim como ele, tentam reaver seus investimentos.

O advogado disse que pretende viajar para Portugal em julho para concluir sua denúncia à Polícia Judiciária (PJ). Conforme Brandão, há indícios de que Glaidson e sua esposa, Mireles Zerpa, que está foragida, ainda operam em Portugal por meio de uma “filial” da GAS, a “Kastelokódigo Unipessoal Ltda”.

O advogado diz que possui contratos que sugerem que Glaidson e Mireles já mantinham negócios em Portugal. E agora, as operações supostamente prosseguem com a ajuda de ex-consultores e sócios da empresa:

“Portugal está virando berçário de golpistas”, disse Brandão ao portal local Portugal Giro.

O advogado disse que a Kastelokódigo já causou prejuízos financeiros a um número desconhecido de investidores. A empresa vitimou tanto portugueses quanto brasileiros que residem no país europeu.

“Eu nem tenho como precisar quantos clientes foram lesados nestas transferências em euros. Mas estimo que foram centenas de pessoas. Existia captação de clientes em Portugal feita por pessoas da GAS, que continuam operando no país, um deles no mesmo endereço do escritório da Kastelokódigo”, disse ele.

Ainda segundo Brandão, antes de ser preso, Glaidson – que é ex-pastor da Igreja Universal – teria enviado um pastor evangélico a Portugal para captar clientes para seu golpe com Bitcoins e montar escritórios.

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  • 4 de Maio, 2023