Robinhood relata queda de 68% nas negociações de criptomoedas
A corretora Robinhood reportou na segunda-feira (12) uma expressiva queda de 68% no volume de negociação de criptomoedas em comparação com o mesmo período do ano anterior. Segundo a empresa, o volume de trades em cripto caiu para US$ 2,1 bilhões em maio de 2023, frente aos US$ 6,6 bilhões registrados no mesmo mês de 2022.
De acordo com o relatório sobre dados operacionais mensais, a diminuição também se fez sentir de um mês para o outro, registrando uma queda de 43% em relação a abril de 2023. A desvalorização acontece em meio à retirada das criptomoedas Cardano, Polygon e Solana de sua plataforma.
Dados da Robinhood
Tal decisão foi tomada após a Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC) caracterizar essas três criptomoedas como valores mobiliários em suas acusações contra duas grandes exchanges de criptomoedas, a Binance e a Coinbase, nos dias 5 e 6 de junho respectivamente.
A Robinhood, em resposta, anunciou que encerrará o suporte para essas moedas em 27 de junho, permitindo que os investidores comprem, vendam e mantenham ADA, MATIC e SOL até a data. Após o anúncio, o valor de Solana caiu quase US$ 15, enquanto Polygon e Cardano também registraram quedas significativas.
- Leia também: Crypto.com encerra negócios institucionais nos EUA
SEC contra criptomoedas
Gary Gensler, presidente da SEC, tem insistido que as empresas de criptomoedas precisam se registrar na agência, chegando a afirmar que o modelo de negócios da indústria está baseado na não conformidade. Segundo Gensler, a SEC tem mantido discussões construtivas com dezenas de empresas de criptomoedas para trazer seus modelos de negócio à conformidade.
No entanto, a Coinbase alegou que suas tentativas de registro junto à SEC foram ignoradas e que não há como atuar de forma regulamentada nos EUA. Isso porque a SEC não estipula as regras que as empresas devem seguir.
“Fomos simplesmente demitidos sem resposta ou qualquer contraproposta ou ideias vindas da SEC”, lamentou o diretor jurídico da Coinbase, Paul Grewal, em uma audiência do comitê de agricultura da Câmara na última semana.