Corretora de criptomoedas suspende saques após hack de R$ 70 milhões
Uma corretora de criptomoedas cujos clientes gerenciam mais de US$ 50 bilhões em ativos (R$ 240 bilhões) anunciou a interrupção de suas operações, incluindo saques, depósitos e negociações – após ser vítima de um ataque hacker.
De acordo com a corretora, o hack resultou na perda de entre US$ 15 milhões e US$ 20 milhões em criptomoedas. Ou seja, algo entre R$ 72 milhões e R$ 96 milhões.
A corretora em questão é a Floating Point Group (FPG), formada no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) em 2018. A plataforma oferece serviço de corretagem de cripto e mesa de negociação para gerentes de ativos, fornecendo acesso à liquidez em todos os mercados.
“Interrompemos as negociações, os depósitos e as retiradas por precaução. Por fim, notificamos as autoridades policiais e estamos cooperando ativamente com elas neste assunto”, escreveu a corretora no Twitter.
Corretora hackeada
A equipe informou ao The Block que sofreu um “incidente de segurança cibernética” no domingo e imediatamente começou a trabalhar com especialistas forenses terceirizados e policiais para resolver a situação.
Diante do ataque, a corretora bloqueou todas as contas de terceiros e disse que protegeria todas as carteiras até entender melhor o escopo e as circunstâncias do incidente. Conforme informou um porta-voz, esse procedimento ajudou a limitar o impacto geral do ataque.
“Estamos trabalhando com o FBI, o Departamento de Segurança Interna, nossos reguladores e a Chainalysis para entender como isso ocorreu e recuperar ativos”, disse o porta-voz. “Como esta é uma investigação em andamento com a aplicação da lei, não podemos compartilhar detalhes neste momento. Forneceremos atualizações assim que estiverem disponíveis.”
Criada em 2018, a FPG teve o apoio de investidores de alto perfil, incluindo da Coinbase Ventures e de Anthony Scaramucci da SkyBridge Capital. A corretora levantou US$ 12 milhões em financiamento total até o momento.
Destaca-se que a FPG tem realizado auditorias internas e externas regularmente. No ano passado, por exemplo, as empresas CertiK e Prescient Assurance conduziram auditorias externas das medidas de segurança cibernética da FPG.
Como resultado, a empresa obteve o certificado SOC 2 Tipo 1, que reconhece seu compromisso em manter um ambiente de segurança cibernética robusto. No entanto, parece que isso não foi suficiente para evitar o ataque.
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