Polícia invade escritório da Worldcoin e confisca documentos e equipamentos
Uma equipe de policiais do Quênia, país na África Oriental, invadiu um escritório da Worldcoin (WLD) em Nairóbi no último sábado e apreendeu documentos e equipamentos.
De acordo com portais de notícias locais, os policiais foram aos escritórios com um mandado de busca para confiscar materiais que possam ajudar as autoridades em sua investigação a respeito da empresa responsável pela criptomoeda WLD.
A comissária de dados Immaculate Kassait disse que a Tools for Humanity, empresa controladora da Worldcoin, não divulgou suas verdadeiras intenções. Na semana passada, o governo do Quênia suspendeu as operações da Worldcoin, citando preocupações de segurança. A decisão ocorreu em paralelo a outras investigações na Alemanha, na França e no Reino Unido.
A equipe policial levou os dados da Worldcoin para a sede da Diretoria de Investigações Criminais para análise.
Worldcoin e projeto controverso
A Worldcoin é um projeto de criptomoeda controverso do fundador do ChatGPT, Sam Altman, da OpenAI. O projeto tem como objetivo criar uma rede de identidade global através de um dispositivo especializado chamado Orb que faz varredura da íris. As pessoas que escanearem suas íris recebem recompensas com a criptomoedas WLD.
O WLD é um token que alimenta a World ID, rede que permite que os usuários verifiquem sua humanidade online (“Prova de Personalidade”). De acordo com a equipe, o projeto será particularmente útil com o avanço da Inteligência Artificial (IA).
“Estamos criando a maior rede financeira e de identidade do mundo como uma utilidade pública, dando propriedade a todos. E estabelecendo o acesso universal à economia global, independentemente do país ou histórico”, diz a equipe Worldcoin.
A empresa insiste que nenhum dado é armazenado nesse processo. Além disso, afirma que permitirá que empresas e governos acessem o seu sistema. No entanto, os especialistas em privacidade e reguladores temem que os dados confidenciais coletados da varredura da íris de uma pessoa possam cair em mãos erradas.
A Autoridade do Mercado de Capitais do Quênia (CMA) declarou que estava preocupada com o registro em andamento, nesse sentido, notificou os quenianos de que o Worldcoin não era regulamentado no país. De acordo com a lei queniana, os indivíduos têm o direito de não ter nenhuma informação pessoal solicitada ou revelada desnecessariamente.
- Leia também: PayPal lança stablecoin atrelada ao dólar PYUSD