Veja os cinco maiores riscos para o Bitcoin em setembro
O mês de setembro não tem um bom histórico para o Bitcoin (BTC), pelo menos desde 2016. Nos últimos sete anos, o BTC nunca fechou o nono mês do ano com alta, e o mesmo se repete agora. De acordo com o Coinglass, a criptomoeda acumula queda de apenas 0,51% no mês, mas os dados fracos indicam que o histórico negativo deve continuar.
Diante desse cenário, o trader conhecido como Rekt Capital escreveu uma mensagem no X (antigo Twitter) com suas opiniões sobre o histórico de setembro. Além das quedas, o trader elenca pelo menos mais quatro razões para tomar cuidado com o Bitcoin em setembro, mas há alguns motivos para não se desesperar. Veja quais são.
Mês negativo para o Bitcoin
Esta é a mais óbvia e, conforme citado no início do texto, setembro tende a ser um negativo para o BTC. No entanto, na maior parte, o Bitcoin vê uma redução de um dígito em setembro. De fato, oito dos últimos dez setembros registraram queda no preço da criptomoeda.
Apenas 2 meses registaram pequenos ganhos de um dígito no mês de Setembro (+2% em 2015 e +6% em 2016). Portanto, o histórico tende mais para o negativo. E dado que o mercado atual não tem volume suficiente para impulsionar o preço do Bitcoin, este mês deve seguir com a tradição.
Queda média de 7%
A redução mais recorrente em setembro foi uma queda de 7% ao longo do mês. O Bitcoin registrou quedas neste percentual em setembro de 2017, 2020 e 2021. Houve também uma queda de -5% em 2018, que se aproxima da marca de -7%. Somente em setembro de 2019 o preço do BTC caiu mais – 13%.
Por um lado, isso mostra que ainda há espaço para novas correções no preço, já que a queda acumulada do mês ainda está em 0,51%. Em contrapartida, o espaço para novas correções está menor, o que ainda deve manter o BTC na região de US$ 20.000.
Mas nada tão grave
O Bitcoin só viu uma retração de dois dígitos em 2019 (-13%) e em 2014 (-19% – quando o preço sofreu a pior queda de todos os tempos). No entanto, 2014 foi um ano de queda que se aplica menos a 2023, pois aquele foi o ano seguinte ao colapso da exchange Mt. Gox.
Na ocasião, grande parte do mercado pensou que o BTC não teria mais utilidade com o fim do site de venda de produtos ilícitos. Isso fez com que a criptomoeda entrasse numa espiral de queda, saindo de US$ 1.100 em 2013 para quase US$ 200 naquele ano. O Bitcoin só foi retomar os US$ 1.000 três anos depois, em 2017.
Por outro lado 2023 é um ano de Bottoming Out, ou seja, correção e acumulação, semelhante a 2019 ou mesmo 2015. Dessa forma, é melhor comparar 2023 com 2019.
Quedas fortes são improváveis
Em 2019, o Bitcoin teve uma queda de -13%, mas também é preciso comparar com o mês anterior, ou seja, agosto. Naquele ano, a criptomoeda caiu apenas 4,6%, deixando parte da queda para setembro. Por isso que aquele mês acabou sendo o pior do BTC nessa série histórica mais moderna.
Já neste ano a situação se inverteu, com o Bitcoin registrando forte queda em agosto (11,29%), especialmente durante o fim do mês. Isso tende a limitar as quedas do mês seguinte. As únicas vezes que a moeda digital registrou queda de dois dígitos em dois meses consecutivos foi entre maio e junho de 2018 e abril e junho de 2022 – o pior trimestre da história da criptomoeda.
Dado esse histórico, Rekt Capital acha que é improvável que o criptoativo sofra uma grave redução consecutiva tanto em agosto como agora em setembro.
Faixa de queda e Bitcoin a US$ 22.000
Por fim, o trader acredita que o preço do Bitcoin deve realizar alguma perda entre 7% e 10%. Se isso acontecer, a criptomoeda deve atingir as mínimas de US$ 22.500 ou, no melhor dos cenários, cair até US$ 24.500.
“Acredito que uma redução de cerca de -7% a -10% em setembro poderia ocorrer razoavelmente em relação aos níveis atuais. Isso veria o preço cair para entre US$ 22.500 e US$ 24.000”, disse.
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