PicPay pausa operação de criptomoedas devido à indefinição regulatória
Na mesma semana em que a XP anunciou o fim de sua plataforma de criptomoedas Xtage, o PicPay informou que vai pausar temporariamente as suas operações com criptomoedas. A decisão da fintech tem a ver com o que chamou de “indefinição regulatória” do setor.
De acordo com uma nota do PicPay, os usuários foram informados sobre a interrupção na última sexta-feira (20), com o detalhamento sobre os próximos passos.
Já não é mais possível comprar criptomoedas pelo app do PicPay. Mas quem ainda possui saldo na conta de cripto ainda podem liquidar seus ativos sem pagar taxas até o dia 11 de dezembro.
Também é possível manter os criptoativos. Neste caso, os usuários terão que fazer a chamada “portabilidade” para uma conta na exchange de criptomoedas Foxbit. Quem tiver interesse, basta manifestá-lo a partir do dia 30 de outubro no próprio app do PicPay, na área de criptomoedas.
“[Após] a companhia ter testado o mercado sob a regulação atual, decidiu por retomar a atuação quando houver mais clareza sobre o tema”, disse o PicPay.
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PicPay pausa serviço de cripto
A fintech ressaltou, no entanto, que a decisão não impacta na participação da empresa nos testes do Drex, a moeda digital nacional. Além disso, afirmou que nada muda em relação à sua crença na tecnologia como infraestrutura.
“Continuamos disponíveis para atuar, junto ao Banco Central, para impulsionar e popularizar esse mercado no Brasil”, destacou Anderson Chamon, vice-presidente de Produtos e Tech do PicPay.
Já Daniel Mandil, executivo responsável pela operação, ressaltou que apesar dos avanços regulatórios recentes, a definição do arcabouço legal até o momento “está em aberto”. Segundo ele, essa incerteza também acontece em outros países, que ainda buscam modelos definitivos.
A plataforma cripto do PicPay chegou ao mercado em agosto de 2022.
Enquanto isso, a fintech da Magazine Luiza, a Magalu, anunciou nesta semana o lançamento de um serviço de compra, venda e armazenamento de criptomoedas. Conforme noticiou o CriptoFácil, a iniciativa é resultado de uma parceria com a exchange brasileira Mercado Bitcoin.
De acordo com o anúncio, a partir de agora, é possível comprar e vender na plataforma Bitcoin (BTC), Ether (ETH) e USD Coin (USDC).