Conta ligada ao ‘Faraó dos Bitcoins’ movimenta R$ 1,7 milhão em BTC
A empresa que investiga crimes cibernéticos BlockSeers alertou para uma movimentação expressiva de Bitcoin em uma carteira ligada a Gladson Acácio dos Santos, conhecido como Faraó dos Bitcoins. Ele está preso desde agosto de 2021 por supostamente aplicar um golpe bilionário em milhares de pessoas.
De acordo com uma reportagem do jornal O GLOBO, a BlockSeers rastreou a transferência de 10 Bitcoins, estimados em US$ 340.000 (R$ 1,7 milhão), no dia 27 de outubro, que estariam em uma carteira associada a Gladson. Os BTC foram enviados para uma exchange possivelmente para liquidação. Ou seja, para venda das criptomoedas.
Os investigadores não sabem quem está por trás da movimentação. No entanto, em agosto de 2021, quando ocorreu a prisão de Gladson, sua esposa e comparsa Mirelis Diaz Serpa fez uma movimentação semelhante. Conforme apontou o Ministério Público Federal (MPF), Mirelis, que está foragida, possuía as senhas de acesso a essas carteiras.
Carteira ligada ao Faraó dos Bitcoin faz grande transação
Desde a prisão do Faraó dos Bitcoins e do fechamento de sua empresa GAS Consultoria Bitcoin, já houve quatro movimentações de criptomoedas nessa carteira. Mirelis, por meio de seus advogados, chegou a admitir que logo após a operação Kryptos, que prendeu Gladson, transferiu R$ 1 bilhão em Bitcoins da carteira para pagar os clientes da empresa.
Depois, em dezembro, Mirelis fez uma nova transação e enviou R$ 2,3 milhões de suas contas para a irmã, Noiralis, à revelia da Justiça brasileira. Por fim, em março, a esposa do Faraó dos Bitcoin fez sua penúltima transferência de BTC, movendo 94 Bitcoins, avaliados em mais de R$ 11 milhões na época.
A carteira em questão consta no processo contra Glaidson, Mirelis e outros sócios da GAS, na Justiça Federal. O grupo enfrenta acusações de crimes contra o sistema financeiro, lavagem de dinheiro, organização criminosa, entre outros.
A nova movimentação dos Bitcoins ocorre no momento em que o administrador da massa falida da GAS, o Escritório Zveiter, pede a suspensão do processo que tramita da 5ª Vara Empresarial do Rio. Ele alega falta de recursos para pagar os clientes lesados pelo Faraó dos Bitcoins e seus sócios.