EUA e Reino Unido investigam envio de US$ 20 bilhões em USDT para exchange russa
Autoridades dos Estados Unidos e do Reino Unido estão examinando mais de US$ 20 bilhões em transações de criptomoedas, mais precisamente em USDT, que passaram por uma exchange de ativos digitais com sede na Rússia.
De acordo com uma reportagem da Bloomberg, publicada nesta quinta-feira (28), o esforço faz parte de uma colaboração entre os países para combater a evasão de sanções que está apoiando a guerra liderada por Vladimir Putin na Ucrânia.
Conforme apontou a reportagem, as transações em questão foram realizadas através da exchange de criptomoedas Garantex, localizada em Moscou.
- Leia também: Blockchain Ethereum atinge 1 milhão de validadores
Exchange russa estaria movimentando USDT
Os responsáveis pelas movimentações teriam utilizado a criptomoeda da Tether, a stablecoin USDT, que é atrelada ao dólar, para movimentar o dinheiro.
As fontes em questão pediram anonimato para discutir o assunto ainda não divulgado publicamente. Mas as pessoas revelaram que as transferências ocorreram após a Garantex ser alvo de sanções por parte dos Estados Unidos e do Reino Unido em 2022. A exchange foi alvo das sanções devido a suspeitas de facilitar crimes financeiros e transações ilícitas na Rússia.
Em resposta à menção, a Tether, responsável pela emissão da maior stablecoin do mercado, afirmou que está colaborando com o caso. Nesse sentido, a Tether congelou todos os ativos de entidades com endereços na lista de sanções dos EUA.
Recentemente, conforme noticiou o CriptoFácil, a Tether colaborou com o FBI e com o Departamento de Justiça (DOJ) para apreender US$ 1,4 milhão em USDT oriundo de um suposto esquema fraudulento.
De acordo com a empresa, o trabalho em parceria com as autoridades visa garantir a conformidade de suas operações.
Por fim, as fontes da Bloomberg disseram que as investigações sobre o caso ainda estão em andamento. Portanto, ainda é muito cedo para antecipar conclusões, dada a complexidade e opacidade das transações com criptomoedas.
Além disso, a reportagem afirma que não há indícios de irregularidades por parte da Tether Holdings, que está incorporada nas Ilhas Virgens Britânicas.
- Leia também: Hacker devolve US$ 63 milhões a protocolo da Blas