Como uma sidechain pode otimizar as operações em blockchains?
As blockchains principais, como Bitcoin e Ethereum, precisaram implementar melhorias em suas redes conforme o mercado cripto foi se popularizando. Para solucionar esses problemas e limitações foram criadas as sidechains.
Também conhecidas como cadeia blockchain auxiliar, elas são integradas as redes principais para contornar pontos como lentidão e alto custo. Com essa rede paralela é possível ter liquidez no ecossistema cripto, redução dos custos operacionais, entre outras vantagens.
O que são sidechains?
Sidechains são blockchains paralelas desenvolvidas no mercado cripto para dar suporte a cadeias principais. O conceito foi apresentado em um white paper do projeto HashCash em 2014. Desenvolvido por Adam Black, o estudo deu origem a um sistema de dinheiro eletrônico voltado para a rede Bitcoin.
A partir disso, inúmeros projetos de blockchains paralelas foram desenvolvidos para dar suporte a transações com criptomoedas, principalmente pelo crescimento e demanda do mercado.
As principais redes auxiliares são:
Polygon: criada para dar suporte a Ethereum, a Polygon integra diferentes blockchains paralelas na rede principal da criptomoeda ether (ETH).
Skale: essa sidechain oferece escalabilidade para projetos de aplicativos descentralizados (dApps) a partir de uma plataforma para desenvolvedor blockchain.
Loom Network: apesar de criada para dar suporte ao desenvolvimento de jogos blockchain, ela também oferece rapidez e liquidez para transações em sua rede.
Como funciona?
A integração entre redes paralelas e cadeias blockchains principais são feitas por meio de contratos inteligentes (smart contracts).
Além de dar suporte para as operações das redes principais, uma sidechain pode ser usada para desenvolver projetos de soluções DeFi e aplicativos descentralizados.
Benefícios de uma rede blockchain paralela
As redes blockchains mais famosas têm problemas de escalabilidade e alto custo operacional. Por isso, há sidechains específicas para integrar projetos criptos em cadeias principais. No caso da blockchain Bitcoin, por exemplo, as redes paralelas mais conhecidas são Liquid Network e a RootStock (RSK).
Com foco na privacidade e escalabilidade, a Liquid Network ajuda a executar as transações de forma mais rápida e menos onerosas, sendo dez vezes mais rápida que a rede principal. Enquanto isso, a RootStock possibilita contratos inteligentes na rede por meio do token smart bitcoin (SBTC), criado a partir da criptomoeda.
Dessa forma, as sidechains representam uma alternativa interessante de otimizar as operações da blockchain ao oferecer:
Escalabilidade
Uma sidechain pode apresentar maior poder de processamento de dados que uma cadeia blockchain principal. Assim, mais transações são realizadas em menor intervalo de tempo. Essa característica contribui para aumentar a escalabilidade de todo o projeto cripto.
Versatilidade
Enquanto a rede blockchain Bitcoin não tem flexibilidade de uso, as sidechains podem ser integradas em novos projetos e plataformas cripto. Isso permite que desenvolvedores testem inovações e atualizações sem causar danos à rede principal.
Atualização facilitada
Uma rede blockchain principal pode ter muitos requisitos para ter uma atualização, como necessidade de alto poder de processamento e aprovação dos usuários. Por outro lado, as sidechains podem adotar atualizações de forma mais prática e com mais recursos programáveis que plataformas como a Ethereum.
Inovação
As sidechains permitem integrar soluções extras às blockchains principais. Por exemplo, a rede Bitcoin não tem a capacidade de criar contratos inteligentes, entretanto, é possível usar esse tipo de registro de dados na rede usando uma sidechain como suporte.
No entanto, esse tipo de rede também pode apresentar algumas desvantagens, como a falta de descentralização. Algumas sidechains possuem altas taxas e concentram uma parte importante da validação de dados da cadeia, o que impacta diretamente as taxas além de afetar a segurança da blockchain.
Outro ponto que pode afetar uma sidechain diz respeito a segurança do projeto. Na maioria dos casos, a segurança dessas redes auxiliares é realizada por uma comunidade descentralizada.
Por fim, uma sidechain pode apresentar alta complexidade de integração em outros projetos cripto. Além disso, existem redes onde a manutenção exige alto poder computacional, o que deve afetar o desempenho de toda a plataforma.
Conheça outras soluções usadas por blockchains
Além de sidechains, também existem redes auxiliares que são conhecidas como Layer 2 e Layer 3 no mercado cripto. A principal diferença entre elas diz respeito a sua elaboração.
Enquanto sidechains são criadas como uma blockchain própria, as redes de segunda e terceira camada (Layer 2 e Layer 3) funcionam como uma extensão da cadeia blockchain principal.
Confira como funcionam essas Layer 2 e Layer 3 no mercado cripto.
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