DePIN: conheça a estrutura de rede descentralizada que pode valer US$ 10 trilhões

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O conceito de descentralização de dados está sendo utilizado em sistemas físicos de gerenciamento de informações conhecidos no mercado cripto como Redes de Infraestrutura Física Descentralizadas (DePIN).

Assim como o bitcoin (BTC), esse sistema é criado a partir da tecnologia blockchain através de redes ponto-a-ponto (P2P), que são capazes de administrar o armazenamento, validação e processamento de dados sem intermediários.

Sistemas DePIN, ou ainda, Decentralized Physical Infrastructure Network, também são conhecidos como Token Incentivized Physical Infrastructure Networks (TIPIN), Proof of Physical Work (PoPW) e EdgeFi. O principal objetivo dessas redes é oferecer poder de gerenciamento de dados por meio de placas GPU.

De acordo com dados do Messari Group, esse mercado pode atingir até US$ 10 trilhões na próxima década, e essa tecnologia deve ser incorporada em setores como energia elétrica, sistemas de transportes e soluções de inteligência artificial (I.A.).

O que é DePIN?

Sistemas DePIN podem ser entendidos como uma solução que descentraliza o controle físico e a propriedade de infraestruturas físicas, que geralmente são gerenciadas de forma centralizada.

Através desse tipo de sistema os usuários podem oferecer recursos físicos para um sistema de dados e receber criptomoedas como recompensa, por exemplo. Além disso, os participantes de uma rede DePIN participam de uma comunidade capaz de tomar decisões coletivas, funcionando tal como uma Organização Autônoma Descentralizada (DAO).

As redes físicas descentralizadas são mais transparentes por apresentarem um sistema compartilhado de decisões, que não necessita de uma autoridade central. Isso faz também com que elas sejam menos vulneráveis a falhas no sistema.

Como funciona essa rede física descentralizada?

Além da blockchain, uma rede DePIN pode utilizar outras tecnologias disruptivas, como a Internet das Coisas (IoT). Através da tecnologia que ‘deu vida ao bitcoin’, esse sistema distribui a autoridade do gerenciamento de dados entre os usuários participantes da rede.

Através da blockchain dados dos usuários são verificados, assim como informações sobre o hardware utilizado por ele. Enquanto isso, a aplicabilidade da IoT consiste em interconectar os dispositivos que fazem parte de todo o ecossistema, o que permite uma comunicação entre os equipamentos.

DePIN no mercado cripto

Sistemas DePIN estão se popularizando com a projeção de crescimento para o setor que pode alcançar até US$ 100 trilhões na próxima década, segundo avaliação do Messari Group. No mercado cripto existem alguns ativos digitais que representam redes físicas descentralizadas, como:

Filecoin

A Filecoin é o projeto DePIN mais conhecido do mercado cripto e gerencia a oferta de poder computacional através de uma rede P2P, ofertando um sistema seguro para o armazenamento de dados, onde os usuários são recompensados com criptomoedas filecoin (FIL).

Helium

O projeto da Helium representa uma rede de internet sem fio descentralizada que pretende criar uma rede física global de compartilhamento de dados integrando iniciativas IoT, onde a recompensa aos usuários acontece em criptomoedas helium (HNT).

Render Network

A Render Network é conhecida como a primeira plataforma que renderizou sistemas GPUs através de uma rede descentralizada no mercado cripto. Ela oferece pode computacional para terceiros, com custos reduzidos e recompensas pagas em Render (RNDR).

Que problemas essa tecnologia soluciona?

Embora o conceito DePIN não seja novo, o mercado projeta um importante crescimento para o setor. A demanda por ferramentas de inteligência artificial, poderá criar um aumento da comercialização de poder computacional ocioso. Com a utilização da tecnologia blockchain, esse sistema é capaz de solucionar problemas como:

  • Centralização: a infraestrutura de redes ainda é centralizada gerando um monopólio de grandes corporações. Com o uso de redes DePIN, esse gerenciamento acontece de forma descentralizada.
  • Privacidade: redes físicas de infraestrutura possuem mais privacidade já que as informações sobre os usuários não são controladas por um centro de dados centralizado.
  • Risco de ponto único de falha: a centralização de sistemas de informações cria mais chances de riscos de ponto único de falha. Esses riscos são reduzidos com o uso de redes DePIN.

Além de tokens DePIN, existem vários projetos no mercado cripto ligados a outras tecnologias, como as criptomoedas de inteligência artificial.

O post DePIN: conheça a estrutura de rede descentralizada que pode valer US$ 10 trilhões apareceu primeiro em PanoramaCrypto.

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  • 26 de Junho, 2024