Coinbase vende Bitcoins de cliente sem aviso e gera polêmica

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Coinbase

Um investidor chinês de criptomoedas tomou um susto ao acessar sua conta na Coinbase. De acordo com ele, que compartilhou sua história na rede social Xiaohongshu, a Coinbase vendeu a posição de Bitcoin (BTC) na sua conta sem dar qualquer aviso.

Aparentemente, a conta do usuário estava inativa desde 2017, o que levou a decisão da empresa. No entanto, a comunidade da Xiaohongshu criticou a postura da Coinbase, citando uma violação dos direitos de propriedade do cliente.

Coinbase liquidou participações de Bitcoin de usuário chinês

No ano de 2017, o investidor, que não revelou sua identidade, enviou aproximadamente 200.000 yuan para exchanges. O valor, que corresponde a cerca de US$ 28.000 na cotação atual, foi usado totalmente para comprar Bitcoin na empresa.

De acordo com o cidadão chinês, sua estratégia era simples: comprar BTC e manter como investimento de longo prazo. Para isso, ele utilizou a Coinbase não apenas como plataforma, mas como carteira. Em seu relato, o homem afirma que chegou a ter 2 BTC.

No entanto, a natureza imprevisível do mercado logo levou o usuário a fazer trading e negociar outras criptomoedas. Isso resultou em perdas financeiras significativas. No início de 2018, os 2 BTC já haviam caído para 0,5 BTC.

Em seguida, o usuário consolidou seus ativos restantes de volta no BTC e os manteve até 2020. Até então, ele não utilizava a Coinbase, mas decidiu migrar para a exchange no final de 2021. Desde então, ele não realizou nenhuma operação.

No mês de junho de 2024, o cidadão (que se identifica como OP na Xiaohongshu) tentou acessar sua conta, mas descobriu que ela estava “inacessível”. OP entrou em contato com o suporte da Coinbase e descobriu que a exchange encerrou sua conta.

Só que o pior de tudo foi que a Coinbase liquidou sua posição de Bitcoin e transferiu o dinheiro para uma instituição no Wyoming. De acordo com a exchange, o motivo do cancelamento foi a “propriedade não reclamada” devido à inatividade.

Em outras palavras, o período de inatividade da conta fez a Coinbase liquidar a posição e transferir o valor resultante das vendas de BTC. A política da CEX, alinhada com as leis estaduais, considera as contas que não iniciaram sessões de login num prazo de 3 a 5 anos como propriedade não reclamada.

Mas OP contesta esse motivo e alega que entrou na sua conta em fevereiro e março de 2024.  Ele chegou a mandar essa evidência de login para o atendimento da Coinbase, que rejeitou a prova.

É possível uma recuperação?

A história gerou indignação e simpatia entre outros entusiastas do Bitcoin, já que se tratou de uma venda feita sem autorização do cliente.  Em resposta ao seu relato, muitos usuários aconselharam OP a manter seus BTC sob custódia e não depender de exchanges. 

Outro usuário sugeriu que ele entrasse com recurso legal contra a exchange. Dado que não se sabe quando a Coinbase vendeu os BTC, as pessoas sugeriram que OP processasse a empresa por danos materiais, exigindo retornos e compensações. 

De fato, um usuário chegou a sugerir que OP poderia recuperar pelo menos o dinheiro. Eles afirmaram que a decisão da Coinbase não se mostrou autoritária, mas tem respaldo legal

“Nos EUA, se uma conta financeira ficar inativa por dois anos, ela irá automaticamente para bens não reclamados. Ninguém está roubando você. Você pode simplesmente se inscrever para recuperá-lo”, disse a pessoa.

O lado positivo desta provação é a possibilidade de recuperar ao menos o dinheiro. Desde que a pessoa consiga provar sua identidade e que o dinheiro é realmente seu, o banco é obrigado a devolver. O maior prejuízo ocorre por causa de eventuais perdas com a valorização dos BTC desde o período da venda.

 
 

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  • 25 de Julho, 2024