Relatório prevê crescimento das criptomoedas na América Latina para mais de US$ 7 trilhões

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O mercado de criptomoedas na América Latina está prestes a experimentar um crescimento sem precedentes. De acordo com um relatório recente da empresa de análise CoinWire, o volume de negociação de criptomoedas na região pode ultrapassar US$ 7,8 trilhões em 2024.

Este valor representa um aumento significativo em relação aos US$ 2,3 bilhões movimentados em 2022 e aos US$ 3 bilhões em 2023.

As criptomoedas são uma importante solução para os cidadãos da América Latina, sobretudo em países como Venezuela e Argentina, que enfrentam graves problemas de inflação. A busca por estabilidade econômica tem impulsionado a adoção dessas moedas digitais. Isso porque as criptomoedas proporcionam uma alternativa às moedas tradicionais que sofrem com a desvalorização.

Para chegar a essas conclusões, a CoinWire analisou dados das principais exchanges centralizadas (CEX) com pontuações superiores a 6 no CoinGecko. A empresa analisou quatro fatores principais: tráfego web por país, idiomas, localização da sede e fusos horários de negociação. A partir desses elementos, a CoinWire calculou um volume estimado de negociação para cada plataforma.

De acordo com o relatório, o volume de negociação de criptomoedas na América do Sul multiplicou-se por 3,42 nos últimos três anos. Este crescimento acelerado sugere que a região está se tornando um centro importante para a atividade cripto.

Brasil se destaca no mercado de criptomoedas

O Brasil se destaca como o líder no mercado de criptomoedas na América Latina. Conforme reportado pela CoinWire, o volume de operações no país deve ultrapassar US$ 354 bilhões em 2024. Este número reflete a posição dominante do Brasil na região, resultado da crescente adoção de criptomoedas e de um ambiente regulatório favorável.

A liderança do Brasil no comércio de criptomoedas é um indicativo claro de que o país está se adaptando rapidamente às novas tecnologias. A infraestrutura de apoio, incluindo regulamentações claras e uma população cada vez mais digitalizada, tem sido crucial para este avanço.

A adoção de criptomoedas na América Latina não é apenas uma tendência financeira, mas também uma resposta às dificuldades econômicas enfrentadas por muitos países da região. Na Venezuela, por exemplo, a hiperinflação tem devastado a economia. Isso leva os cidadãos a buscarem refúgio em moedas digitais como o Bitcoin. A Argentina enfrenta desafios semelhantes, com uma inflação elevada que desvaloriza o peso e diminui o poder de compra dos cidadãos.

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  • 28 de Julho, 2024