Mineradora de Bitcoin corta 27% da sua força de trabalho
Apesar do Bitcoin (BTC) ter chegado ao marco histórico de US$ 100 mil, muitas empresas continuam a realizar cortes na sua força de trabalho. Uma delas é a mineradora Foundry Digital, que anunciou um corte de 27% na sua força de trabalho esta semana.
De acordo com a empresa, as demissões afetaram 74 funcionários, refletem uma mudança estratégica para priorizar as operações principais. Ou seja, a empresa pretende mudar seu foco para o pool de mineração de BTC e operações do site.
Esta decisão segue uma reestruturação interna dentro do Digital Currency Group (DCG), empresa controladora da Foundry e da Grayscale. As ondas de demissões dominaram o mercado ao longo de 2022 e começo de 2023, quando as empresas lutaram contra o mercado de baixa e a queda do Bitcoin.
Foundry realiza cortes e transferências
De acordo com o último relatório da Blockspace, além do corte de 74 vagas, a Foundry transferiu 20 funcionários para a Yuma, uma startup de inteligência artificial descentralizada. A Yuma agora opera como uma entidade da DCG, o que faz dessa uma realocação de pessoal dentro da holding.
A gerência da Foundry descreveu as mudanças como parte de uma estratégia para agilizar as operações e se concentrar novamente em seus negócios principais. Suas operações respondem por 30% da taxa de hash total da rede Bitcoin, de acordo com o Hashrate Index.
Com esse corte, a mineradora busca aumentar a eficiência nas atividades que ela domina. O negócio de mineração, por exemplo, gerou mais US$ 80 milhões em receita para 2024, de acordo com a carta aos acionistas do terceiro trimestre.
Enquanto isso, outras linhas de negócios, como reparos de ASIC e infraestrutura de IA descentralizada, permanecem operacionais.
“Recentemente, tomamos a decisão estratégica de focar a Foundry em nosso negócio principal, ao mesmo tempo em que apoiamos o desenvolvimento das mais novas subsidiárias da DCG. Como parte desse realinhamento, tomamos a difícil decisão de reduzir a força de trabalho da Foundry, resultando em demissões em várias equipes.”, disse a empresa.
Turbulência no mercado
Ao contrário de outras empresas, as demissões da Foundry não ocorrem por causa das más condições do mercado e sim por causa da sua controladora. O corte surge em meio a desafios mais amplos para a DCG, que trabalhou para estabilizar suas operações após enfrentar dificuldades a partir de 2022.
Em 2022, a Genesis bloqueou saques dos clientes devido a problemas financeiros. Poucos meses depois, a empresa declarou falência, sofrendo perdas milionárias após o colapso da FTX.
Em meio a desafios financeiros, a Foundry mudou de um modelo gratuito para um serviço pago, marcando uma mudança significativa em sua estratégia de negócios em abril do ano passado. Desde então, a empresa conseguiu evitar a crise e recuperar sua capacidade operacional.
O post Mineradora de Bitcoin corta 27% da sua força de trabalho apareceu primeiro em CriptoFacil.