ETFs, Governos e MicroStrategy controlam 31% de todo o Bitcoin do mundo
Fundos negociados em bolsa (ETFs), governos e a MicroStrategy (MSTR) detêm, atualmente, 31% de todos o Bitcoin do mundo, conforme relatou Ki Young Ju, CEO da CryptoQuant, em sua conta no X.
O número representa um aumento significativo em relação a dezembro de 2023, quando essas entidades possuíam apenas 14% do total.
De acordo com Young Ju, a crescente participação de grandes instituições como a MicroStrategy reflete um papel importante dessas entidades no ecossistema do Bitcoin. Ele destacou a relevância da MicroStrategy, que vem consolidando sua posição como um “gateway” entre o mercado financeiro tradicional e o universo das criptomoedas.
“O Bitcoin exige diferentes formas de acesso financeiro, e os bitcoiners deveriam enxergar a MicroStrategy como uma ponte entre o capital de empresas listadas no Nasdaq-100 e o bitcoin”, afirmou Young Ju.
Muito Bitcoin na mão de poucos
Ki Young Ju também mencionou críticas feitas à MicroStrategy por parte de alguns entusiastas de Bitcoin, que expressam preocupações sobre a custódia centralizada. Segundo ele, essas críticas ignoram um ponto-chave: a prática de autossoberania (self-custody) ainda é limitada e pouco adotada, semelhante à falta de preocupação generalizada com violações de privacidade.
O modelo da MicroStrategy, definido como um “banco de Bitcoins”, está alinhado com o estágio atual de adoção do ativo. Young Ju explicou que, ao usar uma gestão ativa de fundos, a MicroStrategy conseguiu adquirir grandes quantidades de Bitcoin com recursos relativamente limitados. Além disso, ele enfatizou que esse modelo representa uma estratégia de sucesso. Por outro lado, destacou os riscos inerentes ao gerenciamento centralizado.
A crescente concentração de Bitcoins em ETFs, governos e empresas como a MicroStrategy sublinha um fenômeno notável no mercado: o papel cada vez mais significativo das grandes entidades na consolidação e uso do Bitcoin. Além da MicroStrategy, a japonesa Metaplanet vem tentando imitar esse movimento com compras regulares de Bitcoin.
Contudo, essa centralização não é específica do Bitcoin. Afinal, uma análise recente revelou que 104 carteiras de “baleias” detêm mais de 57% de todo Ethereum em circulação. Trata-se do maior nível de concentração de toda a história de nove anos do ativo.
Ainda segundo os dados levantados pela plataforma de análises on-chain Santiment, os investidores pequenos vêm diminuindo suas posições na Ethereum.
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