Como investir em criptomoedas com segurança e escapar de golpes?

Uma das principais características das criptomoedas é a possibilidade de realizar transações de maneira privada e, algumas vezes, anônima. Não há qualquer tipo de controle estatal por trás da emissão dos ativos descentralizados, tornando-os atraentes em determinadas situações.

Por outro lado, estes atributos podem ser igualmente negativos: maus atores tiram proveito da falta de conhecimento dos usuários para aplicar os mais variados tipos de golpes. Como resultado, bilhões de dólares são perdidos todos os anos.

Segundo o The Chainalysis 2024 Crypto Crime Report, o número de vítimas de golpes caiu em relação ao ano anterior, e há várias razões para isso.

Métodos de compliance se tornaram comuns

A melhor forma de investir em criptomoedas e prevenir crimes cibernéticos é conhecer os clientes por trás das operações. Empresas que atuam de acordo com a legislação vigente, implementam mecanismos como AML, KYC e KYP para coletar dados específicos e filtrar transações potencialmente suspeitas. 

Caso os indícios sejam fortes o suficiente, as autoridades policiais poderão ser acionadas para evitar danos maiores. Além disso, uma legislação específica está sendo construída para proteger os interesses de todos os envolvidos, proporcionando um cenário de interoperabilidade jurídica favorável tanto à segurança como à inovação.

Tanto governos quanto agências reguladoras independentes estão trabalhando em conjunto para criar um ambiente o mais unificado possível. Tendo em vista a natureza inclusiva das criptomoedas, essa parceria se mostra fundamental. 

Investir em criptomoedas é seguro?

A resposta prática é sim. A tecnologia blockchain é conhecida por ser altamente segura, transparente e escalável, fazendo com que as finanças digitais assumam uma nova roupagem. Embora os mecanismos tradicionais fossem bastante seguros, eles não possuíam todas as qualidades dos ecossistemas mais populares, como Ethereum, Chainlink, Polkadot e Polygon.

Aplicativos de bancos e outras instituições financeiras, além de mais seguros, podem operar tanto ativos fiduciários como criptomoedas em um único lugar. Afinal, o conceito de Open Finance não se refere apenas à interconectividade entre as instituições bancárias, mas também à integração com o mercado descentralizado e distribuído.

Micropagamentos rápidos e baratos, resistência à inflação, diversificação de investimentos e uma economia inclusiva são apenas alguns dos pontos fortes desse mercado.

Entretanto, alguns projetos não passam de uma fachada para enganar investidores desavisados. Em casos mais graves, não apenas o dinheiro dos usuários pode ser comprometido, como também as suas informações pessoais.

Como evitar crimes relacionados a criptomoedas?

Existem alguns hábitos que podem reduzir drasticamente as chances de registrar perdas por meio de golpes ou investimentos equivocados:

• Desconfie de promessas mirabolantes. Não existem “retornos garantidos”, muito menos fáceis, quando o assunto são criptomoedas;
• Pesquise antes de investir. Confira a equipe por trás do desenvolvimento do projeto, analise o roadmap (plano detalhado) e faça aportes cuidadosamente;
• Tenha atenção especial contra Phishing. Sites, mensagens e e-mails falsos são frequentemente disparados por criminosos;
• Mantenha-se informado(a). Existem inúmeros sites de notícias confiáveis que podem trazer informações cruciais a respeito de projetos blockchain;
• Prefira plataformas regulamentadas. Caso algum problema ocorra, as autoridades competentes poderão ser acionadas para garantir a integridade da sua carteira de investimentos. 

Comportamentos simples podem prevenir grandes perdas financeiras e frustrações. Além disso, é importante lembrar de que os cuidados não se limitam às plataformas descentralizadas e devem ser estendidos a todo e qualquer tipo de aplicação.

O anonimato relacionado à criptoeconomia não é um problema em si e os usuários que fazem uso consciente de ativos irrastreáveis, como Dash ou Monero, não estão cometendo qualquer tipo de infração. Porém, é importante reforçar que esse tipo de dinheiro pode ser utilizado para fins ilícitos e, por essa razão, os ecossistemas regulados podem ser uma aposta mais sólida ao investir em criptomoedas.

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