De saída, Gary Gensler defende seu trabalho frente à SEC
Em entrevista à Bloomberg, Gary Gensler, presidente da Comissão de Valores Mobiliários dos EUA, defendeu seu trabalho à frente do órgão, destacando a importância da regulamentação no setor de criptomoedas.
Conforme ressaltou Gensler, em seu mandato, a SEC realizou cerca de 100 ações de aplicação da lei, números próximos ao de seu antecessor. Além disso, o ex-banqueiro afirmou que sempre buscou proteger os interesses dos investidores em um mercado instável e extremamente volátil. Gensler passou boa parte do seu mandato sendo alvo de críticas do setor de criptomoedas.
Nos últimos 4 anos, Gary Gensler foi um dos nomes mais falados no setor de criptomoedas. Ele assumiu como 33° Presidente da Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos em 2021 a convite do então presidente Joe Biden.
Como é de costume dos possuidores do cargo, Gensler anunciou sua saída da cadeira para o dia 20 de janeiro, mesma data da posse do presidente Donald Trump, que durante as eleições ameaçou demitir Gary Gensler. Para o lugar, Trump anunciou a nomeação Paul Atkins, apoiador do setor de criptomoedas e entusiastas de novas tecnologias financeiras.
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Chuva de críticas
À frente da SEC, Gensler levou a cabo uma série de investigações de grandes empresas do setor, como a Coinbase e Ripple. Além disso, foi responsável pelas prisões de Changpeng Zhao, fundador da Binance, de Do Kown, da Terraform Labs, e de Sam Bankman-Fried, da FTX.
Apesar dos esforços para regular o setor, o economista de 67 anos saiu do cargo com uma série de desafetos no setor de criptomoedas. Isso pode ser medido na alta de 4% que o Bitcoin teve logo após seu comunicado de renúncia.
O seu mandato, inclusive, foi tema de estudo da revista acadêmica Finance Research Letters. A revista concluiu que a falta de clareza e ausência de transparências nas ações da entidade sob seu comando causaram perdas significativas para o setor ao longo dos quatro anos.
Proteção do interesse público
Na recente entrevista para a Bloomberg, Gary Gensler, fez questão de rebater seus críticos e defender seu trabalho à frente da comissão. Se colocando no papel de xerife e rememorando comparação feita por ele de que o setor de criptomoedas seria como o Velho Oeste, Gensler destacou seus números à frente da entidade.
Ele lembrou que a quantidade de 100 ações de aplicação da lei tomadas pela SEC durante seu mandato é muito próxima das 80 ações tomadas pelo seu antecessor, Jake Clayton. Para rebater as críticas de perseguição, destacou que as sanções contra figuras do setor de criptomoedas representam apenas 5% das ações de todas as ações da entidade.
Além disso, o ex-sócio do tradicional Goldman Sach destacou que sempre buscou defender os interesses das pessoas, no que ele chamou de investimento público. De acordo com ele, as pessoas investem no mercado de criptomoedas esperando mudar de vida e o papel dele à frente da SEC foi o de proteger os interesses dessas pessoas.
Disse, por fim, que a maioria dos cerca dos 15.000 projetos não sobreviveram, comparando a investimentos de capital de risco. Afirmou ainda que a maioria dos investidores perderão seus investimentos. Ao final, o “principal vigilante financeiro da América” – como foi chamado pela revista The Economist –, fez um balanço positivo da sua gestão. Contudo, destacou que tem muito o que ser feito.
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