Polymarket enfrenta críticas e investigações por apostas em incêndios florestais
A Polymarket, plataforma descentralizada de previsões, está sob intenso escrutínio após permitir apostas sobre os devastadores incêndios florestais na Califórnia.
A Comissão de Negociação de Futuros de Commodities (CFTC) emitiu intimações para obtenção de dados de usuários da plataforma, enquanto cresce a controvérsia em torno do caso.
Mercados de apostas em incêndios florestais geram críticas
Atualmente, a Polymarket mantém oito mercados ativos relacionados aos incêndios florestais, que geraram significativa atenção pública. Apesar de serem promovidos como uma ferramenta para fornecer previsões em tempo real sobre eventos de impacto, a iniciativa recebeu muitas críticas.
Líderes do setor descreveram os mercados como exploratórios, acusando a Polymarket de lucrar com o sofrimento humano. Além disso, usuários em redes sociais condenaram a prática, argumentando que ela banaliza a perda de vidas e bens.
Entre os mercados mais movimentados, dois registraram volumes de negociação próximos a US$ 100 mil cada. Enquanto isso, os demais apresentaram volumes inferiores a US$ 50 mil. Apesar da controvérsia, a Polymarket incluiu avisos alegando que sua intenção é fornecer previsões para ajudar na tomada de decisões durante eventos críticos.
Investigação da CFTC
A controvérsia ocorre em meio a uma investigação mais ampla da CFTC, que teria intimado a Coinbase para divulgar informações de usuários ligados à Polymarket. Em 8 de janeiro, Eric Conner, colaborador da rede Ethereum, compartilhou um e-mail que detalha a intimação.
O documento revela que a CFTC exige que a Coinbase forneça dados de clientes, a menos que receba uma ordem legal que proíba a ação até 15 de janeiro de 2025. A Coinbase informou aos usuários que pretende cumprir a intimação, caso não seja impedida por via judicial.
Histórico regulatório e novas investigações
A Polymarket já enfrentou sanções regulatórias. Em 2022, por exemplo, a empresa pagou uma multa de US$ 1,4 milhão à CFTC por oferecer opções binárias não regulamentadas e concordou em bloquear usuários dos EUA.
O recente foco regulatório ganhou força após o destaque da Polymarket durante as eleições presidenciais dos EUA em 2024, quando a plataforma emergiu como uma fonte popular de previsões políticas. Essa visibilidade resultou em uma operação do FBI na residência do CEO da Polymarket, Shayne Coplan, investigando possíveis violações relacionadas à participação de usuários norte-americanos.
Além disso, em novembro, a plataforma correu risco de ser banida da França. Isso porque a empresa não possui licença para operar no país.
Enquanto isso, especialistas no setor destacaram que a postura da CFTC em relação ao mercado cripto parece estar se endurecendo, contrastando com sua abordagem historicamente mais branda em comparação à SEC, liderada por Gary Gensler.
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