Bacen tem novo presidente: quais são os impactos esperados?

Share

Gabriel Galípolo é o novo presidente do Banco Central do Brasil (Bacen) desde 1⁠º de janeiro deste ano. Pesquisador sênior do Centro Brasileiro de Relações Internacionais (CEBRI), o economista foi presidente do Banco Fator entre 2017 e 2021, além de chefe de assessoria econômica da Secretaria de Transportes Metropolitanos de São Paulo em 2008.

Galípolo foi indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para o cargo e passou por uma sabatina no Senado Federal, tanto no Plenário quanto na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) antes de ser empossado.

novo presidente do Bacen,
Gabriel Galípolo (Foto: Raphael Ribeiro/ Banco Central do Brasil)

Antes de assumir a presidência do órgão, atuava como diretor de política monetária desde 2023. Responsável por monitorar as ações que afetam o capital em circulação, ele deixou sua marca em relação às posturas futuras que deverá adotar durante a sua gestão.

3 desafios do novo presidente do Bacen

  1. Em 2024, a taxa básica de juros (Selic) foi elevada para 12,25% pelo Comitê de Política Monetária (Copom). Isso significa empréstimos e financiamentos mais caros, além de afetar diretamente a rentabilidade de investimentos tradicionais. Segundo o Bacen, a medida foi tomada para controlar a inflação, e a meta é alcançar 3% em 2025, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). 
  1. Também no ano passado, o Real apresentou o seu maior índice de desvalorização desde 2020, de acordo com consultoria da Elos Ayta. Houve uma queda de 21,82% em relação dólar Ptax (taxa de referência para contratos denominados em Real na Bolsa de Valores).
  1. O Projeto de Lei Orçamentária (PLOA) prevê gastos de R$ 5,87 trilhões em 2025, sendo a maior parte dedicada para o pagamento da dívida pública. A redução do valor é uma questão, pois contribuiria para melhorar a imagem do país perante índices internacionais de confiança, como o Risco Brasil.

E em relação às criptomoedas?

Diante desses desafios, Galípolo não vê o crescimento das criptomoedas como um problema para a economia. Inclusive, segundo a Exame, o presidente do Bacen acredita que o Drex, também conhecido como Real Digital, poderá “produzir uma revolução” no sistema financeiro, com destaque para o mercado de concessão de crédito. 

Isso porque, ao se tratar de um ecossistema blockchain, o Drex poderá comportar projetos de economia descentralizada (DeFi), entre outras soluções financeiras regulamentadas tanto pelo Bacen como pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM). 

De modo geral, a agenda de inovação financeira está presente nos planos de Galípolo. No entanto, não há muitas informações a respeito do tratamento que as criptomoedas receberão ao longo de seu mandato.

O post Bacen tem novo presidente: quais são os impactos esperados? apareceu primeiro em PanoramaCrypto.

.

  • 14 de Janeiro, 2025