Coinbase recebe licença para operar na Argentina

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Na terça-feira (28), a exchange de criptomoedas norte-americana Coinbase fez uma incursão significativa na América Latina. Após chegar no Brasil, a exchange recebeu licença para operar na Argentina, segunda maior economia da região.

De acordo com um anúncio da plataforma, a Comissão Nacional de Valores Mobiliários argentina (CNV) concedeu uma licença de Provedor de Serviços de Ativos Virtuais (VASP). Com isso, a Coinbase planeja expandir suas operações no mercado local, que é um dos que mais crescem em termos de adoção de criptomoedas.

O lançamento da Coinbase na Argentina se alinha com a visão mais ampla de expansão global da empresa. Em 2024, o aplicativo da corretora de criptomoedas figurou entre os três mais baixados do Brasil após um expressivo crescimento. A empresa também quebrou recordes ao atingir, em nível global, a marca de US$ 270 bilhões em ativos sob gestão.

Ação Coinbase.
Ações da Coinbase registram alta nas últimas 24 horas. Fonte: TradingView.

Coinbase obtém licença na Argentina

Com a licença VASP em mãos, a Coinbase pode oferecer seus serviços de forma integral na Argentina. A empresa destacou que mais de 5 milhões de argentinos utilizam criptomoedas diariamente, e a exchange pretende facilitar essas operações no país. E a plataforma também pretende levar seus serviços de custódia para os clientes portenhos.

A Coinbase nomeou Matías Alberti para comandar suas operações na Argentina. O novo executivo tem vasta experiência na esfera de fintech, ilustrada por seus papéis de liderança nas startups Buenbit e Clara, e deve ter um papel fundamental na expansão da plataforma.

A Coinbase possui mais de 600 milhões de usuários globalmente, de modo que o mercado argentino representa menos de 1% desse total. No entanto, os 5 milhões de clientes representam mais de 10% da população de 45,6 milhões da Argentina e o interesse por criptomoedas no país é alto. Por isso a exchange enxerga a Argentina e a América Latina como vitais para seus planos de expandir a comunidade para 1 bilhão de pessoas no curto prazo.

Embora a maior parte da receita da plataforma venha dos Estados Unidos, a empresa busca reequilibrar seu mix de receitas aumentando sua presença em mercados externos. E a presença nas duas principais economias da América Latina ajudará a exchange a cumprir esta meta.

País chama atenção do setor cripto

Desde o início do governo Javier Milei em 2023, a Argentina tornou-se ainda mais amigável ​​às criptomoedas. No ano passado, o presidente criou leis que legalizaram o uso do Bitcoin (BTC) e outras criptomoedas como meio de pagamento. A lei não funciona como o caso de El Salvador, mas abre o país para a “livre competição de moedas” de toda natureza.

Ou seja, os argentinos agora podem fechar contratos em peso argentino, dólar, euro e até em Bitcoin, contando com o amparo da lei. Isso fez o país atingir a maior adoção de criptomoedas na América do Sul.

Com base em sua presença existente no Brasil, a Coinbase escolheu a Argentina como plataforma de lançamento para seus ousados ​​planos de expansão regional

“Apesar do progresso recente, o país ainda enfrenta inflação, acesso restrito aos mercados internacionais e a volatilidade de sua moeda. Por tudo isso, acho que a Argentina amplifica o poder financeiro das criptomoedas, que se tornam mais importantes do que nunca”, disse Fabio Pien, diretor da Coinbase nos EUA.

Em outubro de 2024, a Binance obteve aprovação regulatória na Argentina. Registrando-se na CNV, a Binance se estabeleceu como uma provedora de ativos virtuais no país, e a entrada da Coinbase deve criar uma disputa entre as gigantes.

O post Coinbase recebe licença para operar na Argentina apareceu primeiro em CriptoFacil.

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  • 29 de Janeiro, 2025