El Salvador ignora liquidações e FMI ao comprar 11 Bitcoins
El Salvador aproveitou a baixa das criptomoedas para fazer mais uma aquisição para seu portfólio de Bitcoin. O país, que tem comprado 1 Bitcoin por dia desde que instituiu a criptomoedas como moeda oficial do país, fez mais uma aquisição.
O presidente do país, Nayib Bukele, compartilhou a informação da compra de mais 11 Bitcoins, realizada na segunda-feira (3), pelo valor de US$ 1.119.602,00. Em média, o país desembolsou cerca de US$ 101.782 por ativo. Com isso, aumentou o saldo de Bitcoin para 6.068 BTC (incluindo a compra diária de 1 Bitcoin).
El Salvador segue firme no Plano Bitcoin
No entanto, não foi exatamente o preço nem o saldo da carteira de Bitcoin de El Salvador que chamou a atenção do mercado, mas sim o cenário em que a compra se deu. No dia em que El Salvador fez a aquisição de mais 11 Bitcoins, o mercado registrou a maior liquidação diária de criptomoedas da história. Com isso, a criptomoeda chegou a custar cerca de US$ 92 mil. Horas depois, voltou a se recuperar e se estabilizou novamente em US$ 100 mil.
Além disso, a compra ocorre dias após o país flexibilizar a antiga Lei do Bitcoin, editada em 2021. Na ocasião, junto à instituição da criptomoeda como a moeda oficial do país, El Salvador determinou a adoção obrigatória do Bitcoin. Ou seja, todas as pessoas, físicas e jurídicas, que estivessem em El Salvador eram obrigadas a aceitar Bitcoin.
No entanto, por conta de um acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI), o país foi obrigado a alterar a lei e tornar aaceitação de Bitcoin facultativa para o setor privado. Com isso, as empresas agora podem ou não aceitar Bitcoin. Essa foi a primeira grande compra – com exceção das aquisições diárias de 1 Bitcoin que El Salvador faz – realizada pelo país após a mudança da lei.
Adoção externa e interna
Além disso, a compra ocorre após o presidente dos EUA Donald Trump assinar uma Ordem Executiva para a criação de um Fundo Soberano. Trata-se de uma espécie de poupança que os EUA pretendem instituir, em nível federal, com vários ativos. A reserva pode incluir o Bitcoin, segundo alguns analistas.
Contudo, especialistas indicam que a mudança afetará pouco a adoção da criptomoeda como moeda oficial do país. De acordo com o americano-salvadorenho Max Keiser, conselheiro do presidente Nayib Bukele, o país está na fase da hiperbitcoinização, quando o ativo se torna a principal unidade de conta em uma economia circular.
Seria algo parecido com a dolarização de um país, quando o dólar é amplamente utilizado e aceito na economia. A diferença, no entanto, é que o dólar é uma moeda fiduciária, controlada pelo governo dos Estados Unidos, por meio da política do FED.
Em contrapartida, o Bitcoin é um ativo descentralizado, ou seja, sem uma entidade de controle, e com emissão limitada, o que implica que seu preço é determinado única e exclusivamente pela demanda.
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