Drex é controle estatal? Parlamentares lançam campanha para barrar moeda digital
A deputada federal Júlia Zanatta (PL-SC) anunciou a criação de um abaixo-assinado para barrar a emissão do Drex, moeda digital do Banco Central do Brasil.
A parlamentar alega que a nova tecnologia pode comprometer a liberdade financeira dos cidadãos ao permitir rastreamento de transações e possíveis bloqueios arbitrários de contas.
Segundo Zanatta, o Drex representa um risco ao conceder ao governo um controle total sobre as finanças da população.
“Bastará um clique para bloquearem sua conta ou sumirem com seus recursos, seja qual for a desculpa”, afirmou a deputada em suas redes sociais.
Ela defende que o uso de moedas digitais de bancos centrais (CBDC) pode levar ao monitoramento massivo e à restrição financeira sem necessidade de decisão judicial.
Para reforçar sua oposição, a parlamentar propôs o Projeto de Lei 3341/2024, que proíbe a extinção do dinheiro físico no Brasil. Segundo ela, a moeda em espécie é essencial para garantir a autonomia dos cidadãos, especialmente daqueles que não têm acesso às novas tecnologias digitais.
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Deputada contra o Drex
No entanto, o Banco Central esclarece que o Drex não substituirá o dinheiro físico. De acordo com a instituição, o objetivo da nova moeda digital é modernizar o sistema financeiro e facilitar transações de grande porte por meio de contratos inteligentes, sem afetar o uso de cédulas no dia a dia.
A iniciativa de Zanatta também ganhou apoio de outros parlamentares, incluindo Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que defende um posicionamento semelhante ao de Donald Trump nos EUA contra as moedas digitais emitidas por governos.
O debate sobre o Drex se intensifica no momento em que o Banco Central conduz uma consulta pública sobre a regulamentação dos criptoativos. Conforme noticiou o CripoFácil, o BC prorrogou até 28 de fevereiro o prazo para contribuições às Consultas Públicas 109 e 110. Essas CPs tratam da regulamentação das Prestadoras de Serviços de Ativos Virtuais (PSAVs).
O futuro da moeda digital no Brasil ainda depende de definições técnicas e possíveis ajustes legislativos. Enquanto isso, o abaixo-assinado contra o Drex continua a mobilizar apoiadores e adversários da proposta.
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