Bitcoin Hoje 21/02/2025: BTC se reaproxima dos US$ 99 mil, mas mercado segue cauteloso
O preço do Bitcoin (BTC) voltou a valorizar e abriu em alta de 1,4% nesta sexta-feira (21). Como resultado, um BTC está sendo negociado a US$ 98.388,43, enquanto o valor de mercado da criptomoeda subiu para US$ 1,95 trilhão.
No Top 10, a maioria das criptomoedas também valorizou de forma modesta, seguindo os passos do BTC. A maior alta ficou com a Solana (SOL), que subiu 2,6%. O Ethereum (ETH) veio logo em seguida, subindo 2,1%, mas ainda permaneceu na região de US$ 2.700.
Há muito tempo, o BTC está se mantendo na faixa de US$ 90.000 a US$ 100 mil sem um movimento direcional claro de nenhum dos lados. Esse cenário continua mesmo com o aumento das compras por parte de grandes empresas, como a Strategy, que captou mais US$ 2 bilhões em dívida para adquirir BTC.
A volta do cenário de alta depende principalmente de dois fatores, como o fechamento semanal do preço do BTC e também o possível fim do “carry trade” no Japão.
De olho nos US$ 97.000
Para rafael Bonveti, analista da Bitget, o nível crítico de suporte a ser observado é US$ 91.340, bem distante do atual preço do BTC. Enquanto o preço se mantiver acima desse patamar, o cenário de alta segue válido. Mas caso o Bitcoin perca esse suporte, o preço deve buscar fundos na região de US$ 80.000.
O lado positivo é que este cenário segue com poucas chances de acontecer no curto prazo, já que a criptomoeda está bem acima deste suporte. Por isso, o foco do mercado está na primeira resistência relevante, que é a região de US$ 97.700, seguida por uma zona de resistência mais forte entre US$ 98.030 e US$ 98.500.
“Para confirmar um fundo sólido na onda 2 em círculo, o preço precisa formar um movimento de cinco ondas até US$ 99.350. Além disso, a zona de resistência de Fibonacci entre US$ 97.700 e US$ 99.348 será crucial”, diz Bonveti.
Já o renomado analista Rekt Capital publicou uma análise nesse sentido em sua conta no X. Da mesma forma que Bonveti, Rekt Capital afirma que o Bitcoin precisa garantir um fechamento semanal acima de US$ 97.000 para continuar em tendência de alta.
“O mercado segue respeitando a contagem altista, mas com a falta de força, o volume indica um rali mais lento, sem o impulso característico de uma terceira onda forte. Ainda assim, os retestes estão segurando, o que reforça o viés comprador. Se o preço romper e sustentar acima da região de US$ 98.000 e US$ 99.000, a tendência de alta pode ganhar mais tração”, completa Bonveti.
Fim do carry trade (de novo)
As discussões sobre o desenrolar do carry trade do iene japonês têm ocorrido recentemente, pois a inflação do Japão acelera mais do que o esperado, o que pode levar o Banco do Japão a aumentar ainda mais as taxas de juros. Com isso, ficaria mais caro para os traders tomarem empréstimos no Japão e usar o dinheiro em outros mercados, lucrando com a diferença nas taxas.
De acordo com Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês), a inflação geral subiu de 3,6% para 4%, marcando seu nível mais alto em dois anos.
“A inflação do Japão provavelmente permanecerá em torno de 3% no primeiro semestre deste ano. O BoJ continuará pensando no momento do próximo aumento de taxa, em vez de se preocupar se precisa disso”, disse Taro Saito, chefe de pesquisa econômica do NLI Research Institute.
À medida que o iene japonês ganha força, o par entre dólar e iene (USD/JPY) está atingindo novas mínimas, caindo abaixo dos níveis de 150. O analista James Stanley alerta sobre potenciais armadilhas de baixa, já que o USD/JPY rompeu o nível crítico de 150.
“Se surgirem mais evidências sugerindo que o dólar americano atingiu o pico, isso pode fornecer maior motivação para que o carry trade se desfaça”, afirmou Stanley.
E isso pode prejudicara demanda por ativos de risco, levando o BTC a buscar novas correções no curto prazo.
Crise iminente?
Peter Schiff, veterano economista e crítico do Bitcoin, também analisou os rendimentos dos títulos do governo japonês. Com mais de 1,4% de juros anuais, este é o maior retorno dos títulos japoneses desde 01 de março de 2010. Esse avanço inédito na taxa de juros, de acordo com Schiff, mostra que o mundo está próximo de enfrentar uma observou:
“O rendimento do JGB de 10 anos agora é de 1,45%. O dólar/iene está prestes a quebrar abaixo de 150. O fato de que isso está acontecendo enquanto o ouro continua a fazer novos recordes é um sinal de alerta que poucos notaram. Estamos à beira de uma crise financeira de proporções épicas”, alertou o economista.
- Leia também: Alerta de queda: Bitcoin pode cair para US$ 77 mil
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