Coreia do Norte supera El Salvador e Butão em reservas de Bitcoin com hack da Bybit
A Coreia do Norte se tornou um dos maiores detentores de Bitcoin do mundo, superando as reservas de países como El Salvador e Butão.
O aumento significativo nas participações norte-coreanas está diretamente ligado ao hack da Bybit de US$ 1,4 bilhão, ocorrido em fevereiro de 2025. O ataque foi atribuído ao grupo de hackers Lazarus, ligado ao governo norte-coreano.
Atualmente, o Lazarus Group detém 13.518 BTC, equivalentes a aproximadamente US$ 1,13 bilhão. Esse montante coloca a Coreia do Norte à frente do Butão, que possui 10.635 BTC, e de El Salvador, com 6.118 BTC. Enquanto o Butão acumulou seus ativos por meio de uma estratégia doméstica de mineração de Bitcoin, El Salvador adotou a criptomoeda como moeda legal em 2021 e vem realizando compras regulares desde então.
O hack da Bybit, considerado o maior da história contra uma corretora de criptomoedas, ocorreu em 21 de fevereiro. Após o ataque, a Arkham constatou que o volume de criptomoedas do grupo saltou de US$ 84 milhões para US$ 1,4 bilhões.
Criptos financiam regime
O Lazarus Group é conhecido por uma série de ataques cibernéticos contra empresas de criptomoedas em todo o mundo. Em 2024, o grupo foi responsável pelo roubo de US$ 308 milhões da empresa japonesa DMM Bitcoin. Em 2022, atacou a Ronin Network, levando US$ 615 milhões. Os ataques têm como objetivo financiar programas de armas de destruição em massa e mísseis balísticos do regime norte-coreano.
Vale destacar que o acesso da Coreia do Norte a dólares é restrito, devido às diversas sanções econômicas internacionais que são impostas contra o regime. Essas sanções, aplicadas por organizações como a ONU e países como os Estados Unidos, limitam o acesso do regime norte-coreano ao sistema financeiro global.
Desse modo, o país encontra nas criptomoedas uma alternativa para burlar as restrições e ter acesso aos equipamentos necessários para desenvolver seu temido programa armamentista.
Além do Bitcoin, o Lazarus Group detém cerca de US$ 30 milhões em outras criptomoedas, incluindo Ether, BNB, DAI e BUSD, segundo dados da empresa de inteligência blockchain Arkham. Apesar do crescimento das reservas norte-coreanas, os Estados Unidos continuam sendo o maior detentor conhecido de Bitcoin, com 198.109 BTC, seguidos pelo Reino Unido, com 61.245 BTC.
A comunidade internacional tem alertado para o uso de criptomoedas por regimes como o da Coreia do Norte para contornar sanções econômicas e financiar atividades ilícitas. Apesar dos esforços globais para combater o crime cibernético, os ataques patrocinados por estados como a Coreia do Norte continuam a representar uma ameaça significativa ao ecossistema cripto.
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