Bitcoin Hoje 22/04/2025: BTC se descola de ações e caminha para US$ 90.000
Em alta pelo segundo dia consecutivo, o Bitcoin (BTC) subiu 1,9% e superou a região de US$ 88.000. De acordo com o CoinGecko, a criptomoeda chegou a valer US$ 88.587 na abertura desta terça-feira (22).
O movimento fez o preço do Bitcoin voltar a demonstrar força de compra no curto prazo. Guilherme Prado, country manager da Bitget, destaca o forte volume de negociação, sobretudo nos ETF. Isso significa que os investidores institucionais seguem com demanda elevada pelo BTC.
“A recente quebra acima dos US$ 87.000 sinaliza uma reversão de tendência, apoiada pelo aumento nos aportes em ETFs à vista e pela desaceleração das vendas por mineradores após o halving. O forte volume e a confirmação técnica com o rompimento de um padrão de cunha descendente sugerem um possível teste da resistência em US$ 90.000″, disse Prado.
Por outro lado, o índice dólar (DXY) segue em queda livre, indicando fraqueza da moeda americana. O índice fechou em 98,4 pontos na segunda-feira (21), o menor nível desde março de 2022. Ou seja, um dólar mais fraco perante as principais moedas também beneficia o Bitcoin.

O desempenho do Top 10 foi misto, com a Tron (TRX) liderando as altas ao subir 1,7% e o Ethereum (ETH) em queda de 1%, abrindo o dia a US$ 1.619. A FARTCOIN continua sem dar trégua e mais uma vez teve a maior alta do Top 100, com ganhos de 16,9%.
Bitcoin em evidência
O atual preço do BTC é o maior desde 07 de março, de acordo com o CoinGecko. Ao mesmo tempo, o Bitcoin já registrou ganhos de 18% desde a mínima de US$ 75.000 em 2025, no início deste mês.
Nos últimos dias, o Bitcoin parece ter retornado sua correlação com o ouro, já que o metal atingiu uma máxima histórica de US$ 3.580 a onça-troy esta semana. Já o BTC ainda está com mais de 20% de baixa em relação ao seu topo histórico de US$ 109 mil registrado em janeiro.
A valorização da criptomoeda e do ouro indica duas possibilidades. Em primeiro lugar, os investidores estão migrando para ativos considerados portos seguros, com receio de uma crise econômica.
Nesse sentido, o Bitcoin voltou a ser percebido como um ativo de proteção, e não como uma ação ou outro investimento especulativo. A prova disso é que a criptomoeda se descolou totalmente das movimentações dos índices de bolsas.
Ações em Queda
Os mercados de ações dos EUA começaram a semana no vermelho, com perdas diárias de cerca de 2,5% nos três principais índices.
De acordo com o TradingView, o S&P 500 teve queda de 2,36%, o Nasdaq 100 caiu 2,46% e o Dow Jones perdeu 2,48%. No Brasil, o Ibovespa seguiu na contramão e fechou a segunda-feira em alta de 1,04%, mas bem longe dos ganhos de mais de 2% do BTC.

O presidente Donald Trump e o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, continuaram a se confrontar. Trump chegou a chamar Powell de “grande perdedor” por não ter reduzido as taxas de juros.
Como resultado, o S&P 500 já eliminou US$ 2,5 trilhões em valor desde a máxima de 09 de abril, após a “pausa” tarifária de 90 dias.
Em 20 de abril, a China alertou que os países que cooperarem com os EUA de forma a comprometer seus interesses sofrerão retaliações. Isso fez o mercado voltar a temer a guerra comercial e contribuiu para a desvalorização nos índices.
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