Ethereum será destruído por redes de Camada 2, diz fundador da Cardano

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O fundador da Cardano, Charles Hoskinson, questionou o futuro a longo prazo do Ethereum (ETH) durante uma sessão de perguntas e respostas realizada na quarta-feira (23). Hoskinson foi taxativo: afirmou que a segunda maior blockchain do mundo pode não sobreviver pelos próximos 10 anos.

Apesar de o Ethereum ostentar o maior volume total bloqueado (TVL) de qualquer rede, Hoskinson identificou três falhas principais na estrutura da rede. Uma delas é a profusão de soluções de Camada 2 (L2) que, segundo Hoskinson, vão acabar destruir o Ethereum

“Eles têm o modelo de contabilidade errado, a máquina virtual errada e o modelo de consenso errado”, disse o fundador da Cardano.

Charles Hoskinson.
Fundador da Cardano se mostrou pessimista com Ethereum. Fonte: YouTube.

O problema das Camadas 2

Hoskinson, que também fez parte da criação do Ethereum, criticou sua economia fraca e o uso de soluções de Camada 2 (L2). Segundo ele, essas soluções deveriam ajudar a rede a escalar suas funções, mas se tornaram “parasitárias“.

Nesse sentido, Hoskinson afirma que essas redes não estão resolvendo os principais problemas de escalabilidade do Ethereum, como a baixa capacidade de transações. Em vez disso, elas estão extraindo valor da cadeia principal ao desviar tráfego que poderia estar no Ethereum.

Para se recuperar, a plataforma precisa resolver os três problemas. No entanto, Hoskinson acredita que o processo terminaria em uma “separação muito hostil“. Ele comparou a situação à das antigas gigantes da tecnologia Myspace e Blackberry, afirmando que a concorrência e a má gestão podem derrubar até gigantes.

Camadas 2.
Principais redes de Camada 2 do Ethereum. Fonte: Alchemy.

“Não acredito que o Ethereum sobreviverá por mais de 10 a 15 anos. As camadas 2 continuarão sugando todo o alfa. As pessoas começarão a brigar e ficará cada vez mais difícil para Vitalik conseguir mantê-lo unido apenas com força de vontade”, disse Hoskinson.

Além disso, ele acredita que os usuários migrarão gradualmente para outras plataformas e que o Ethereum será “eclipsado”, especialmente pelo ecossistema de finanças descentralizadas (DeFi) do Bitcoin.

Curiosamente, Vitalik Buterin sugeriu uma divisão de tarefas entre a Camada 1 e as L2 do Ethereum como forma de melhorar a rede no futuro. Além disso, o cofundador do Ethereum afirmou que é preciso melhorar as L2 e integrá-las com mais eficiência ao protocolo principal.

Ethereum vive dificuldades em 2025

O desempenho do ETH em 2025 tem sido um dos principais tópicos de discussão no universo das criptomoedas. Em termos de rentabilidade, a criptomoeda teve o seu pior trimestre da história em 2025, superando o péssimo resultado do mesmo período de 2018.

Alguns especialistas concordaram com Hoskinson, afirmando que seu modelo econômico está enfraquecendo porque L2 como Arbitrum e Optimism estão desviando valor. Os usuários passam a usar os tokens dessas redes e a demanda pelo ETH diminui, o que retira valor da rede.

Eles também mencionaram as altas taxas de gas e a incerteza regulatória como possíveis causas. Além disso, o interesse institucional na blockchain também permanece menor do que o do Bitcoin, afetando seu desempenho de mercado.

No entanto, as atualizações Pectra e Fusaka do Ethereum, programadas para o final deste ano, devem trazer melhorias essenciais que podem amenizar esses desafios. Espera-se que as mudanças resolvam os problemas de congestionamento de longa data da rede, tornando as transações mais rápidas e eficientes.

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  • 25 de Abril, 2025