Eric Trump confirma aporte bilionário em USD1 na Binance
O aporte de US$ 2 bilhões anunciado no começo do ano pelo fundo MGX, dos Emirados Árabes, na Binance será feito totalmente na stablecoin USD1, moeda estável ligada à família Trump. O próprio Eric Trump, filho do presidente dos Estados Unidos, confirmou a informação durante sua participação no evento Token2049 em Dubai.
“Eric Trump anuncia que a stablecoin da World Liberty Financial, USD1, será usada para o investimento de US$ 2 bilhões da MGX na Binance”, publicou o perfil @rebelethpromos no X.

Desde que o mercado tomou conhecimento de que o investimento da MGX na Binance será integralmente em USD1, o preço do BNB, token de governança nativa da BSC, subiu.
De acordo com dados do CoinGecko, a criptomoeda da Binance acumula uma alta diária de US$ 1,5% sendo negociada a US$ 602 no momento da redação.

O protocolo DeFi World Liberty Financial (WLFI) criou a USD1 como sua stablecoin, utilizando todos os membros masculinos da família Trump como embaixadores. Um usuário da Binance Smart Chain (BSC) descobriu a stablecoin em 25 de março ao identificar um contrato inteligente que utilizava o ativo.
Horas após a descoberta viralizar no X (antigo Twitter), a equipe do WLFI confirmou o desenvolvimento do projeto. Lançada em parceria com a BitGo, a USD1 está disponível nas blockchains BSC e Ethereum.
Eric Trump revelou que a stablecoin em breve será integrada à rede TRON, propriedade de Justin Sun, conselheiro do WLFI. O empresário chinês de 34 anos, radicado nos EUA, é um dos principais investidores do projeto, com aporte de US$ 30 milhões após a eleição de Trump.
Polêmicas em torno da stablecoin USD1
A gestão do lastro da USD1 pela BitGo gera controvérsias. A custodiante da USD1 foi alvo de polêmica em 2022, quando a Galaxy Digital desistiu de sua aquisição por US$ 1,2 bilhão após a BitGo se recusar a fornecer demonstrativos financeiros auditados.
Mas as preocupações com a USD1 vão além de seus apoiadores. Diferentemente de stablecoins como USDC – lastreada 1:1 em reservas fiduciárias -, a USD1 utiliza fundos tokenizados como garantia. Esse modelo levanta questionamentos sobre sua solidez, já que o lastro depende integralmente de terceiros, vulnerável a hacks ou má gestão.
Crescimento e perspectivas
Apesar das controvérsias, a USD1 ganha relevância no mercado. Seu uso no investimento da MGX na Binance e a futura integração com a TRON – segunda maior blockchain em volume de stablecoins (US$ 71 bilhões) – reforçam sua adoção.
A entrada de mais US$ 2 bilhões de USD1 elevou a blockchain da Binance ao quarto lugar no ranking de stablecoins (US$ 9 bilhões), atrás de Ethereum (US$ 24 bi) e Solana (US$ 13 bi), que vive uma crise com a queda de movimentação das memecoins.

Contudo, o cenário pode se transformar com a possível aprovação da GENIUS Act nos EUA. Isso porque a nova legislação pretende regulamentar stablecoins como um “dólar digital”. Dessa forma, pode beneficiar diretamente a USD1. Rumores sugerem que a administração Trump consideraria adotar a stablecoin para pagamentos governamentais.
O Comitê Bancário do Senado dos EUA aprovou recentemente uma versão que inclui um dispositivo permitindo o uso de fundos tokenizados como lastro para stablecoins – exatamente o mesmo modelo adotado pela USD1.
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