EUA liberam bancos para oferecerem custódia e negociação de criptomoedas
O Escritório do Controlador da Moeda (OCC) dos Estados Unidos divulgou um comunicado esclarecendo que bancos nacionais e associações federais de poupança estão oficialmente autorizados a oferecer serviços de custódia e negociação de criptomoedas.

A medida, detalhada na Carta Interpretativa 1184, acontece semanas após o FED revogar a proibição de bancos trabalharem com criptomoedas e tokens lastreados em dólar.
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Sinal verde para bancos oferecerem negociação de criptomoedas
A orientação do OCC estabelece que os bancos federais agora podem comprar e vender criptomoedas seguindo as instruções de seus clientes. Além disso, poderão terceirizar serviços relacionados a criptomoedas, incluindo custódia e execução de ordens (compra e venda). No entanto, todas essas atividades devem ocorrer com gestão de risco adequada e em total conformidade com as leis bancárias federais.
Esta decisão complementa regulamentações anteriores, como as Cartas Interpretativas 1170 e 1183, que já abordavam o papel dos bancos no mercado de criptomoedas. O OCC reforçou que as instituições financeiras devem conduzir essas operações de maneira segura, sólida e transparente, protegendo tanto os clientes quanto a estabilidade do sistema financeiro.
Impactos no mercado financeiro
A entrada de bancos regulados pelo OCC no setor de criptomoedas traz maior segurança institucional para investidores, reduzindo a dependência de exchanges não regulamentadas. Além disso, a medida legitima ainda mais os ativos digitais, aproximando o sistema financeiro tradicional das inovações do mercado cripto.
Vale destacar que essa é uma demanda antiga dos bancos tradicionais dos Estados Unidos. Desde que Donald Trump assumiu a presidência, há uma forte movimento no setor bancário para flexibilizar as regras que dificultavam o acesso dos bancos ao mercado de criptomoedas.
Isso é válido sobretudo com relação às stablecoins – criptomoedas lastreadas ao dólar – que vêm crescendo em adoção e angariando cada vez mais mercado. Levando até mesmo nomes como Eric Trump a apostar na falência dos bancos que não se adaptarem ao novo mundo.
Recentemente, o CEO do Bank of American declarou que a entidade gostaria de entrar no mercado de criptomoedas. Para isso acontecer, no entanto, o presidente do Conselho do banco deixou claro que a entidade só entraria nesse mercado caso fosse autorizada.
Com a mudança, grandes bancos agora têm o aval que precisavam para estruturar serviços especializados em criptomoedas, o que deve acelerar a adoção institucional desses ativos. Isso porque, com mais de US$ 100 trilhões em transações todos os anos, a mudança pode expandir o acesso a criptomoedas a milhares de estadunidenses correntistas desses bancos.
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