Baleias apostam pesado na queda do Bitcoin, mas cenário aponta reversão
Grandes investidores de Bitcoin, conhecidos como baleias, estão se movimentando com alavancagem pesada enquanto o mercado consolida próximo aos US$ 107 mil. Duas baleias, em particular, abriram posições short alavancadas, somando US$ 105 milhões em apostas contra o Bitcoin.
A plataforma Onchain Lens identificou que a primeira baleia abriu um short de US$ 65 milhões com alavancagem de 40 vezes. Ela já acumula lucro superior a US$ 7,5 milhões nessa posição. Em seguida, outra baleia entrou vendida com US$ 43 milhões, utilizando uma alavancagem de 35x. As operações revelam um aumento nas apostas de queda — especialmente em um momento de baixa volatilidade.
Apesar da pressão de venda, um terceiro investidor movimentou US$ 10 milhões em USDC para abrir uma posição long alavancada em 20 vezes, totalizando US$ 84,5 milhões em BTC. A operação foi feita pela corretora Hyperliquid após uma retirada da Bybit, com preço de entrada em US$ 106.767 e liquidação projetada em US$ 95.343.
Esse investidor ainda está ampliando sua exposição, sinalizando confiança na reversão do movimento de curto prazo. Se o Bitcoin subir 10%, cerca de US$ 15 bilhões em shorts podem ser liquidados, o que abriria espaço para uma recuperação até US$ 110 mil ou mais.
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Baleias movimentam o preço do Bitcoin
De acordo com Axel Adler Jr, analista da CryptoQuant, o momentum de 30 dias do Bitcoin caiu de 7,7% para 2,5%, indicando fraqueza na tendência de alta. Ele afirma que a zona entre 0% e 5% representa consolidação lateral, com o BTC devendo oscilar entre US$ 103 mil e US$ 105 mil até novo gatilho macroeconômico.
Mesmo assim, dados on-chain mostram fundamentos fortes. A capitalização de mercado subiu 0,97%, enquanto o volume de transferências cresceu 0,86%. As saídas de BTC das exchanges de criptomoedas recuaram 2,8%, sinal de acumulação. O número de carteiras ativas, por outro lado, caiu 13,6%, revelando menor atividade do varejo.
Adler destaca a transição de 1 milhão de BTC para holders de longo prazo, equivalendo a mais de US$ 100 bilhões acumulados.
“Essa migração mostra confiança. As moedas não foram vendidas, apenas amadureceram”, afirmou.
O suprimento de curto prazo caiu, enquanto o de longo prazo atingiu novo pico, com fluxos neutros nas exchanges.
“O preço atual reflete um equilíbrio entre forças compradoras e vendedoras. Se o Bitcoin romper os US$ 106 mil com força, pode subir até US$ 110 mil. Se perder esse suporte, pode testar a zona entre US$ 102 mil e US$ 104 mil”, disse.
Por ora, a maioria dos analistas vê o cenário como neutro com viés de alta, especialmente diante do volume crescente de calls nas opções de US$ 125 mil a US$ 130 mil.
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