Stablecoins não vinculadas ao dólar ganham força, mostra relatório

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Mudanças no comportamento da economia digital sugerem que stablecoins não pareadas com o dólar americano estão ganhando tração. É o que sugere o relatório do CoinDesk, que analisou a capitalização de mercado entre abril de 2022 e abril de 2025.

De acordo com o documento, houve um aumento de 30% na utilização destes ativos, o que representa algo em torno de US$ 533 milhões. Ativos pareados com o euro dominam o cenário atual, correspondendo a 84,9% do volume em circulação.

Em segundo lugar, entram as stablecoins vinculadas ao real, como o BRZ, representando cerca de 9,67% da capitalização de mercado analisada. O franco suíço entra na terceira posição, com 3,09.

O que o cenário atual indica ao mundo corporativo?

Durante muitos anos, as stablecoins pareadas com o dólar eram praticamente a única opção viável em termos de liquidez, sobretudo em exchanges. No entanto, com a adoção crescente de criptomoedas nos negócios, soluções locais se mostraram mais interessantes.

Elas não estão mais presentes somente em plataformas de negociação de ativos digitais, mas também como parte da infraestrutura de sistemas de pagamentos. De maneira simplificada, elas servem como uma ponte segura entre a volatilidade dos criptoativos e a estabilidade das moedas nacionais.

Empresas podem decidir se desejam manter o saldo recebido em cripto de maneira tradicional ou se preferem convertê-lo em ativos fiduciários automaticamente. Essa facilidade de uso permite que consumidores de qualquer lugar do mundo sejam capazes de fazer compras e realizar contratos sem a necessidade de intermediários sem importância.

Mercado busca stablecoins mais confiáveis

Ainda de acordo com o relatório, certas polêmicas colocaram alguns dos ativos virtuais mais populares em uma posição delicada:

“O setor de stablecoins cresceu em tamanho e interesse ao longo do último ano. Atreladas ao valor de um ativo, as stablecoins servem como o meio fundamental para a negociação de ativos digitais, permitindo a entrada de dinheiro fiduciário em aplicações blockchain. No entanto, desenvolvimentos recentes envolvendo stablecoins, incluindo a garantia da Tether (USDT) e o colapso da TerraUSD, levantaram preocupações de investidores e reguladores.”

Uma das principais preocupações do governo norte-americano é a correta utilização do dólar em relação às stablecoins. Para tentar solucionar essa lacuna, o senado aprovou recentemente uma lei que exige que esses tokens sejam pareados com ativos líquidos, segundo informações da Reuters.

O USDT é registrado nas Ilhas Virgens Britânicas e, desde janeiro de 2018, não oferece serviços de emissão ou resgate direto para indivíduos e empresas residentes ou cidadãos dos EUA, salvo raras exceções. 

Por outro lado, outras stablecoins vinculadas às moedas fiduciárias dos seus respectivos países oferecem resgate simplificado e transparente, sem a necessidade de buscar alternativas jurídicas muitas vezes complexas e incertas.

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  • 2 de Julho, 2025