Coreia do Sul vai regulamentar empréstimos com criptomoedas
A Coreia do Sul iniciou uma nova fase na supervisão do setor de criptoativos e anunciou que vai regulamentar os empréstimos com criptomoedas. A medida surge após preocupações com riscos ao investidor em serviços de alavancagem oferecidos por grandes exchanges locais, como Upbit e Bithumb.
Na quarta-feira, a Comissão de Serviços Financeiros (FSC) e o Serviço de Supervisão Financeira (FSS) reuniram representantes das principais plataformas do país para criar diretrizes específicas para empréstimos de criptoativos. O encontro, realizado no Complexo Governamental de Seul, marcou a primeira reunião do grupo de trabalho (TF) criado para tratar do tema.
A pressão por regulamentação ganhou força depois que a Bithumb lançou, em 4 de julho, um serviço que permite aos usuários tomarem emprestado até quatro vezes o valor de seus ativos. A Upbit, no mesmo dia, liberou um produto que oferece empréstimos de até 80% do valor do colateral, que pode ser em won sul-coreano ou criptoativos como Bitcoin, Tether e XRP.
O risco de perdas para o investidor é o principal ponto de alerta. No caso da Bithumb, o produto de quatro vezes alavancagem pode gerar prejuízos significativos caso o mercado sofra oscilações abruptas. Especialistas alertam que a volatilidade do mercado cripto, combinada à falta de mecanismos robustos de proteção, torna o ambiente arriscado para investidores iniciantes.
Empréstimos com criptomoedas
Conforme o anúncio, o TF vai avaliar experiências de regulação internacional. Além disso, vai analisar práticas usadas no mercado de ações, para propor um conjunto de regras claras e uniformes para todas as exchanges sul-coreanas. A expectativa é que as diretrizes abordem limites de alavancagem, critérios de elegibilidade, transparência nas taxas e obrigações de divulgação de riscos aos usuários.
Buscando a próxima moeda 100x?Além disso, os órgãos reguladores também vão definir padrões de governança e controle interno para os operadores de criptoativos.
As exchanges foram orientadas a revisar produtos que envolvam alto risco, especialmente aqueles que oferecem empréstimos com dinheiro ou alavancagem elevada, considerados mais vulneráveis a perdas rápidas. O governo pretende finalizar as diretrizes no próximo mês e, em seguida, incorporar as recomendações em uma segunda fase legislativa voltada aos ativos digitais.
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