ETFs de criptomoedas atraíram US$ 600 milhões por dia nos EUA em julho
Os ETFs de criptomoedas dos Estados Unidos atingiram um novo recorde histórico em julho de 2025, acumulando, dessa forma, US$ 12,8 bilhões em entradas de capital, de acordo com Eric Balchunas, analista sênior de ETFs da Bloomberg. Esse desempenho superou até mesmo o VOO, o maior ETF do mundo em termos de ativos sob gestão (AUM), administrado pela Vanguard.

O mercado de ETFs de criptomoedas vem ganhando força significativa nos últimos anos. Em julho, os fundos digitais registraram um fluxo médio de US$ 600 milhões por dia, o dobro da média histórica. O destaque ficou por conta do IBIT, o ETF de Bitcoin da BlackRock, que lidera o segmento com US$ 85 bilhões em AUM.
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Sucesso dos ETFs de criptomoedas
Além do Bitcoin, os ETFs de Ethereum também têm se destacado, somando quase US$ 19 bilhões em ativos, com o ETHA da BlackRock à frente, com mais de US$ 11 bilhões. Outra novidade foi o lançamento do primeiro ETF de Solana (REX-Osprey Solana ETF), enquanto outros fundos baseados em Dogecoin, XRP e Cardano aguardam aprovação regulatória.
O VOO, que replica o desempenho do índice S&P 500 e possui mais de US$ 632 bilhões em ativos, foi superado em termos de influxos pelos ETFs de criptomoedas como um grupo. Para o analista, isso demonstra uma mudança no apetite de risco dos investidores, que estão cada vez mais alocando capital em ativos digitais.
Julho também marcou um novo recorde de preço para o Bitcoin, mas, curiosamente, o aumento nos influxos não se refletiu em uma valorização proporcional da criptomoeda. Balchunas destacou que os ETFs são totalmente lastreados em Bitcoin (1:1), sem alavancagem ou “IOUs” (promessas de pagamento), o que torna o mercado mais transparente.
No entanto, ele mencionou que muitos grandes detentores de Bitcoin (as chamadas baleias) estão realizando lucros. Para ele, isso se deve, possivelmente, ao receio da adoção institucional por parte de Wall Street e governos.
“Os vendedores são OGs (investidores antigos) que não gostam que o Bitcoin tenha sido adotado pelo establishment financeiro”, comentou o analista.
O recorde de influxos em ETFs de criptomoedas em julho reforça a crescente legitimidade do setor no mercado financeiro tradicional. Enquanto o Bitcoin continua em alta desde a entrada da BlackRock há dois anos (+300%), o interesse por ativos alternativos como Ethereum e Solana só aumenta.
Com mais fundos em aprovação, o mercado de criptomoedas deve continuar atraindo capital, desafiando até mesmo os gigantes tradicionais como o S&P 500. A pergunta que fica é: essa tendência veio para ficar?
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