Adoção de criptomoedas na America latina pode crescer 30% até 2025, diz Bitget
À medida que o cenário global das criptomoedas continua a evoluir, a América Latina surge como um farol promissor para entusiastas e investidores de criptomoedas. Esta é a visão de Gracy Chen, CEO da exchange Bitget, que compartilhou sua visão sobre o avanço das criptomoedas no subcontinente.
De acordo com Chen, a América Latina possui uma combinação única de desafios econômicos e, ao mesmo tempo, um grande potencial tecnológico. Nesse sentido, a região está preparada para se tornar um mercado líder de criptomoedas nos próximos anos.
Por isso, Chen descreveu quatro motivos que podem levar os países da região a liderar o avanço global das criptomoedas. E no fim, a CEO dá sua previsão sobre o futuro da América Latina e aposta num forte crescimento do mercado para 2025.
Instabilidade econômica
É um fato consolidado que o cenário econômico da América Latina tem como marca a instabilidade significativa. Países como Argentina e Venezuela enfrentaram hiperinflação, desvalorização da moeda e incerteza econômica, levando os cidadãos a buscar soluções financeiras alternativas.
Nesse caso, Chen ilustra que a adoção das criptomoedas entre os países da região já se destaca em meio a outros lugares. Além de reserva de valor, a CEO destaca o papel que o Bitcoin (BTC) e de outras criptomoedas representam como meios de troca.
“De acordo com um relatório da Chainalysis, a América Latina tem experimentado algumas das maiores taxas de adoção de criptomoedas devido à turbulência econômica, com Argentina, Brasil e Venezuela se destacando em termos de volumes de negociação P2P (peer-to-peer). Por exemplo, a hiperinflação da Venezuela levou a um aumento no uso do Bitcoin e outras criptomoedas como uma reserva de valor e um meio de transações além do alcance das moedas locais instáveis”, afirmou.
Inclusão financeira
A América Latina abriga uma população não bancarizada substancial, ou seja, pessoas que não possuem conta bancária. Em 2022, o Banco Mundial relatou que aproximadamente 45% dos adultos na região não tinham acesso a serviços financeiros formais.
O crescimento de fintechs como a brasileira Nubank ajudou a reduzir esses números. Mas na visão de Chen, as criptomoedas oferecem uma solução mais viável para esse problema ao fornecer serviços financeiros para aqueles que são mal atendidos pelos sistemas bancários tradicionais.
“Existem algumas plataformas que estão preenchendo essa lacuna ao oferecer soluções cripto acessíveis e fáceis de usar. Espera-se que essa crescente inclusão financeira catalise uma maior adoção de criptomoedas à medida que mais pessoas ganham acesso a serviços financeiros digitais”, destacou Chen.
Regulação favorável
Nos últimos anos, vários países latino-americanos deram passos proativos em direção à integração das criptomoedas em seus sistemas financeiros. Até países como a Bolívia, que proibia totalmente o uso de criptomoedas, decidiu voltar atrás e liberar seu uso para os cidadãos, reforçando que a demanda segue em crescimento.
Por outro lado, a Comissão de Valores Mobiliários do Brasil (CVM) introduziu regulamentações para fornecer clareza e segurança para investidores de criptomoedas, enquanto El Salvador tornou o Bitcoin moeda legal em 2021. Esses avanços regulatórios são cruciais para fomentar um ambiente estável e atraente para investimentos em criptomoedas.
O Grupo da América Latina e do Caribe (LACG) também indicou um compromisso com o desenvolvimento de estruturas regulatórias claras que equilibrem inovação e proteção ao consumidor. De acordo com Chen, essas medidas provavelmente aumentarão a atratividade da região para usuários e investidores de criptomoedas.
Inovação tecnológica
A América Latina está testemunhando um aumento na adoção tecnológica, com a crescente penetração da internet e o uso de smartphones abrindo caminho para a adoção de criptomoedas. Países como o Brasil e seu sistema de pagamentos, o Pix, já receberam diversos elogios por conta do seu caráter inovador.
Para justificar esse argumento, Chen destaca um relatório de 2023 da Statista, que coloca a penetração da internet na América Latina em aproximadamente 77% da população, e as assinaturas de telefonia móvel ultrapassaram 650 milhões.
“Essa conectividade generalizada facilita o uso de moedas digitais e tecnologia blockchain. Além disso, o surgimento de startups de blockchain e centros de inovação em criptomoedas em países como Colômbia e Chile demonstra o interesse crescente e a capacidade da região em desenvolvimento de blockchain”, completa Chen.
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Previsão para o Futuro
Por fim, olhando para o futuro, a adoção de criptomoedas na América Latina parece promissora na visão da CEO da Bitget. Chen destacou que a adoção das criptomoedas, em número de transações, deve crescer 30% na América Latina até 2025, impulsionada pelos quatro fatores acima citados.
O Fórum Econômico Mundial também destacou a América Latina como uma região com um potencial substancial para a tecnologia blockchain enfrentar desafios econômicos e sociais importantes, reforçando ainda mais a perspectiva otimista para o crescimento das criptomoedas.
À medida que esses fatores continuam a evoluir, a região provavelmente consolidará seu papel como um player importante na arena global das criptomoedas. Para aqueles que estão atentos aos mercados emergentes, a América Latina oferece uma oportunidade empolgante e promissora para crescimento e inovação no mundo das finanças digitais.
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