Bancos tradicionais europeus estão ‘de olho’ no sucesso da stablecoin da Tether
Em meio a dificuldades para obter a licença MiCA na Europa, a Tether pode começar 2025 com uma lista de novos desafios no velho continente. Isso porque, bancos tradicionais da Zona do Euro estão se mobilizando para lançar suas próprias stablecoins.
As instituições contam com o apoio da nova regulamentação de criptomoedas (MiCA), que deve transformar o mercado financeiro europeu.
De acordo com reportagem da Bloomberg, bancos tradicionais da Europa planejam lançar suas próprias stablecoins. Entre eles, está o tradicional Société Générale da França. Fundado em 1864, o SGF, como é chamado o banco, tem se destacado quando o assunto é blockchain e em julho lançou a EUR CoinVertible, uma stablecoin lastreada no Euro.
Além do banco secular, o grupo também francês Oddo BHF está desenvolvendo sua própria stablecoin, assim como a startup de serviços financeiros de Londres, Revolut.
Anunciado no final de 2023, o AllUnity é uma projeto encabeçado pelo DWS Group, braço de investimento de um dos maiores bancos da Alemanha, o Deutsche Bank. O projeto que visa desenvolver produtos e soluções financeiras baseados em blockchain, também deve ter uma stablecoin própria.
O espanhol Banco Bilbao Vizcaya Argentaria (BBVA), que inclusive possui parceria com a Tether e anunciou recentemente um token próprio, o RWA, negociado por um fundo especial, também pretende criar uma stablecoin.
Bancos planejam suas próprias stablecoins
Os novos humores dos bancos da Europa se devem ao novo Regulamentação de Mercados em Criptoativos (MiCA). Com a implementação das regras, que entraram em vigor em 30 de dezembro de 2024, a MiCA exige que emissores de stablecoins e prestadores de serviços relacionados obtenham licenças para operar na UE, permitindo que bancos entrem no jogo.
Inclusive, o MiCA tem sido uma “pedra no sapato” da Tether que tem tido dificuldade para obter a licença de operação no continente. Dentre os motivos, o que mais chama atenção é que a nova lei cobra que as stablecoin, que querem operar no continente, tenham 30% ou mais da sua liquidez garantida por bancos.
Isso é visto como um contra senso pela indústria cripto. Afinal, acaba por beneficiar os bancos em face da inovação. Além disso, a demanda é desproporcional, dado que bancos tradicionais são obrigados a manter apenas 1% de liquidez junto ao Banco Central Europeu.
No entanto, a empresa vem se movimentando para garantir a operação da sua stablecoin na região. A aquisição da StabIR, empresa certificada pela MiCA, é uma das movimentações que Paolo Ardoino está realizando no tabuleiro. Com isso, apesar da perda de US$ 2 bilhões em valor de mercado, a Tether deve superar os obstáculos e continuar operando na região, de acordo com análise de um trader experiente do mercado.
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