Binance é acusada de uso de informações privilegiadas após listar memecoin ‘errada’
A Binance, maior exchange de criptomoedas do mundo, está no centro de uma nova polêmica após listar uma memecoin com um valor de mercado inicial de apenas US$ 15 milhões. O token em questão, chamado “First Neiro”, é uma variação do NEIRO, que anteriormente possuía um valor de mercado de US$ 120 milhões.
A confusão aumentou quando a Binance listou o token de US$ 15 milhões em sua exchange spot. Enquanto isso, a exchange mantinha o NEIRO na ETH em sua exchange de contratos perpétuos. Após a listagem, o valor de mercado do NEIRO de US$ 15 milhões disparou mais de 1.000%, atingindo US$ 178 milhões.
Ao mesmo tempo, o token maior viu seu valor despencar 37%, caindo de US$ 125 milhões para US$ 79 milhões. Isso gerou indignação entre os investidores.
O NEIRO é uma memecoin nomeada em homenagem ao novo cachorro de Atsuko Sato, famosa por ser a dona de Kabosu, o cão que inspirou o Dogecoin. Embora Sato tenha afirmado que não há um token NEIRO “oficial”, os traders se envolveram em uma disputa para decidir qual token NEIRO se tornaria o “oficial não oficial”. Essa decisão geralmente recai sobre o token que alcança a maior valor de mercado.
Binance enfrenta acusação de insider trading
A história do NEIRO é repleta de controvérsias e competições. Afinal, as duas primeiras versões da memecoin foram lançadas na blockchain Solana. Na época, uma dessas versões havia se consolidado como líder, alcançando um valor de mercado de quase US$ 80 milhões. No entanto, um influenciador cripto, Ansem, apoiou uma versão de menor valor de mercado do NEIRO na Solana, que subiu dez vezes em valor, enquanto o token de US$ 80 milhões despencou.
Com o passar do tempo, ambas as versões na Solana perderam relevância, e o NEIRO no Ethereum tomou o controle do mercado, atingindo um valor máximo de US$ 280 milhões. Mesmo assim, a Binance decidiu listar “First Neiro no Ethereum”, o que gerou acusações de manipulação e favorecimento de insiders. O fundador do fundo Block Infinity, baseado em Singapura, chegou a ameaçar expor funcionários da Binance envolvidos no caso.
Leonidas, fundador da plataforma Ord.io, criticou duramente a decisão, afirmando:
“A equipe de listagem está abusando do poder que o varejo lhes deu. Listar uma memecoin corporativa com um valor de mercado de US$ 15 milhões é uma afronta a todas as comunidades de memecoins orgânicas.”
Embora o NEIRO no Ethereum tenha se destacado como líder de mercado em termos de valorização, sua origem ainda é alvo de especulações. Muitos usuários no X/Twitter cripto alegam que o token é controlado por um grupo de insiders e influenciadores. Logo, isso levanta dúvidas sobre a legitimidade de seu crescimento.
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