Bitcoin atingirá US$ 150 mil em 2025, diz Bernstein

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Faltando menos de seis meses para o halving do Bitcoin (BTC), os agentes do mercado já começam a fazer suas previsões de preço no ciclo pós-2024. E, de acordo com a gestora Bernstein, em um relatório publicado na segunda-feira (20), o preço do Bitcoin chegará a US$ 150 mil até 2025. Ou seja, um valor de aproximadamente R$ 750 mil com base na cotação atual.

Os analistas da unidade de criptoativos da gestora, que possui US$ 691 bilhões em ativos sob gestão, modelaram o preço futuro do BTC com base em dois fatores. Em primeiro lugar, levaram em conta o custo marginal de produção para os mineradores, que a Bernstein define como o “preço mínimo para cada novo ciclo”. Além disso, a gestora também avaliou a possibilidade de aprovação dos ETFs de Bitcoin no ano que vem.

Definindo custo marginal do Bitcoin

Em seu relatório, a Bernstein endossou a teoria do ciclo de quatro anos do Bitcoin, que é média de tempo entre cada halving. De acordo com essa teoria, o preço do BTC se move em padrões de 4 anos relacionados ao seu cronograma de emissão. Sempre que há um corte nessa emissão, o valor da criptomoeda tende a subir meses após o halving

O cronograma do BTC reduz a taxa de emissão pela metade, aproximadamente uma vez a cada 210 mil blocos. Estima-se que o próximo halving ocorrerá em abril, reduzindo a emissão de 6,25 BTC para 3,125 BTC por bloco.

“No ano do halving, à medida que a pressão de venda diminui pela metade, novos catalisadores de demanda surgem a cada ciclo, o que leva a um novo rompimento de preços sinalizando o início de um novo ciclo de preços do Bitcoin”, escreveram os analistas liderados por Gautam Chhugani.

Em ciclos anteriores, o Bitcoin atingiu preços muito superiores ao seu custo marginal de produção. O custo marginal de produção do Bitcoin é “o custo do minerador menos eficiente” para produzir BTC. Conforme o halving ocorre, a tendência é o custo também aumentar, à medida que a competitividade dos mineradores aumenta.

No ciclo de 2016, essa relação chegou a 5,5 vezes em 2017. Em contrapartida, a relação pós-halving de 2020 chegou a 2,1 vezes em 2021. Em meados de 2025, os pesquisadores esperam que o BTC atinja 1,5x o seu custo marginal de produção. Dessa forma, o valor da criptomoeda atingiria US$ 150.000 por unidade.

“Notamos um padrão de Bitcoin como um múltiplo de custo marginal diminuindo a cada ciclo”, afirmou o relatório. Isto se deve em parte à “lei dos grandes números” – o que significa que os retornos do Bitcoin diminuirão à medida que ele se tornar um ativo maior.

O impacto dos ETFs

Embora as vendas do lado da oferta diminuam, a Bernstein espera que a demanda por BTC suba após uma provável aprovação do ETF à vista (spot) nos EUA no início de janeiro. Atualmente, 12 pedidos aguardam uma decisão da Comissão de Valores Mobiliários, a SEC.

De acordo com os analistas, a expectativa é que as aprovações ocorram em 10 de janeiro. Se isso acontecer, os analistas preveem que mais de 9% do BTC à vista em circulação será mantido em ETFs até 2028. E a demanda por ETFs após o halving ultrapassará a oferta de mineradores em seis a sete vezes no pico.

“Os ETFs de BTC trarão novos fluxos para BTC e integração com rampas tradicionais, como contas de corretoras, consultores patrimoniais, entre outros”, acrescentou Chhugani.

Alguns analistas previram que tanto o halving quanto a aprovação do ETF poderiam prejudicar as empresas de mineração. Embora o primeiro signifique menos BTC gerado para os mineradores, o segundo pode significar que as instituições que investem em mineradores como um índice do BTC venderão suas ações para comprar a criptomoeda. No entanto, quando questionado sobre esta teoria, Chhugani rejeitou tais preocupações.

“A maioria das opiniões sobre os mineradores está errada porque ninguém assume um novo ciclo de preços BTC”, explicou ele – o que aumentaria as receitas dos mineradores em termos denominados em dólares.

“Temos grande convicção de que teremos um novo ciclo atingindo 150 mil liderado pelas curvas de oferta/custo da mineradora, conforme destacamos.

 
 
 

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  • 21 de Novembro, 2023