Bitcoin e Nasdaq atingem 70% de correlação, mas sinal de ruptura se aproxima
O Bitcoin e o Nasdaq estão dançando no mesmo ritmo – mas a música está prestes a terminar. Dados da Matrixport revelam que a correlação entre os dois ativos atingiu 70%, um patamar crítico que, nas únicas duas vezes anteriores em que ocorreu, precedeu uma rápida divergência.
Dessa forma, o que parecia uma harmonia passageira entre a criptomoeda e as ações de tecnologia agora mostra sinais de esgotamento, sugerindo que estes são os momentos finais dessa sincronia.

Normalmente, o Bitcoin é considerado um ativo antagônico às ações tradicionais do mercado. Quando a bolsa de valores está em movimento negativo, a busca por Bitcoin tende a crescer, pois a criptomoeda é vista como um ativo de hedge. Ou seja, o BTC é uma proteção contra crises em mercados convencionais.
Isso ocorre porque, no passado, o Bitcoin demonstrou certa independência em relação a fatores macroeconômicos que influenciam ações, como taxas de juros e crescimento global.
No entanto, os dados da Matrixport revelam que, ocasionalmente, o Bitcoin passa a seguir o mesmo fluxo das ações tradicionais, especialmente quando sua correlação com o Nasdaq ultrapassa 70%. Isso aconteceu em meados de 2024 e se repetiu no início de 2025. Nesses períodos, o Bitcoin subiu junto com as ações de tecnologia, como as de gigantes como Apple, Microsoft e Nvidia.
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Correlação entre Bitcoin e Nasdaq
Essa correlação atípica pode ser explicada por dois fatores principais. Primeiro pelo aumento da institucionalização do Bitcoin. Com a aprovação dos ETFs de Bitcoin nos EUA em 2024, grandes investidores passaram a tratar a criptomoeda como mais um ativo de risco em suas carteiras, assim como ações.

Além disso, no contexto macroeconômico, em momentos de otimismo no mercado (como expectativa de cortes de juros nos EUA), tanto o Nasdaq quanto o Bitcoin tendem a subir. Já em cenários de incerteza (como tensões geopolíticas por conta das tarifas de Trump), ambos podem cair simultaneamente.
Uma tendência que não dura
Apesar desses períodos de alta correlação, a história mostra que eles são efêmeros. Após atingir picos próximos a 70%, a relação entre Bitcoin e Nasdaq costuma se dissipar, e os dois ativos voltam a se mover em direções opostas.
Assim, se o Nasdaq cair devido aos lucros ruins das empresas de tecnologia, o Bitcoin pode subir como refúgio. Por outro lado, se o Bitcoin despencar por pressões regulatórias, o Nasdaq pode se beneficiar de uma migração de capital.
O que esperar para 2025?
A Matrixport alerta que, após essa fase de correlação extrema, a volatilidade deve aumentar. Se o padrão histórico se repetir, é provável que o Bitcoin desacople do Nasdaq e retome seu movimento independente. Um dos ativos outperforme o outro — mas ainda é cedo para dizer qual.
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