Bitcoin em foco: dominância, ciclos e a força institucional
Recentemente, observamos o movimento do mercado de criptomoedas, particularmente no gráfico do Bitcoin, em resposta à corrida eleitoral dos EUA, à vitória do Trump e a todos os eventos em evidência, como o ciclo de afrouxamento monetário nos EUA, a Inteligência Artificial e produtividade, além dos conflitos no mundo. Todos esses eventos influenciam os preços no mercado em devidas proporções. Alguns deles são cíclicos, enquanto outros não.
Para além de todos os eventos de risk-on/risk-off que vemos criar demanda por Bitcoins, não podemos esquecer a própria ciclicidade do Bitcoin, que é o halving. No evento, o prêmio de mineração cai pela metade a cada 4 anos, gerando escassez no sistema.
É com base nesse ciclo que trago à mesa a reflexão sobre o ciclo de dominância entre Bitcoin e Ethereum. Podemos perceber como ambos os ativos se comportaram no ciclo passado, o que pode ser um bom indicativo de fim de ciclo e início de outro.
A dominância do mercado é basicamente a porcentagem que um ativo domina sozinho da capitalização de mercado total. Podemos ver no gráfico que a linha laranja e a linha azul representam o market cap do BTC e do ETH, respectivamente. Em resumo, trata-se de onde está o dinheiro e qual é o tamanho da representatividade desses ativos no total do mercado.
Muito bem, entendendo o ciclo de halving como um gerador de valor para o Bitcoin, é de se esperar que o BTCUSD ganhe força. E, por consequência, aumente sua porcentagem de capitalização de mercado frente aos demais ativos do ecossistema. Por isso, vemos que o Bitcoin flutua com uma dominância média de 55%. Enquanto isso, o Ethereum mantém cerca de 16%.
Em ciclos de halving passados como em 2020, vimos a dominância do Bitcoin escalar para entre 70% e 80% antes de iniciar o impulsionamento da altcoin season. Enquanto isso, a dominância do Ethereum variou entre 20% e 10% antes do início da altcoin season. Estaríamos vendo um ciclo semelhante novamente?
Análise do Bitcoin
Obviamente, valores de 10% ou de 70-80% podem ser considerados níveis de atenção, e não necessariamente de atuação. Isso porque os preços não são absolutamente correlacionados à dominância. Podemos observar que a dominância do Bitcoin subiu vagarosamente por anos. Enquanto isso, o preço esteve levemente consolidado. Já comparando o gráfico do Ethereum com sua dominância, existem descolamentos frequentes que podem se comportar como armadilhas para os menos atentos.
Além disso, a persistência na dominância do Bitcoin será uma realidade mais evidente à medida que mais investidores institucionais de longo prazo encarteirem Bitcoin. A verdade é que o Bitcoin e as demais criptomoedas são ativos jovens, que ainda não atingiram sua plenitude. Por isso, não podemos confiar em regras absolutas ou sinais rígidos como os vícios do mercado tradicional.
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