Bitcoin ensaia valorização, mas entradas em exchanges indicam perigo
Na noite de quinta-feira (7), em pleno encerramento de feriado brasileiro, o Bitcoin (BTC) tentou ensaiar uma valorização mais contundente. O preço da criptomoeda chegou a subir quase 2% até o preço de US$ 26.300. No entanto, o movimento durou pouco e o BTC devolveu grande parte dos ganhos.
Ainda assim, a criptomoeda conseguiu abrir a manhã de sexta-feira (8) em alta de 0,5%, só que o preço voltou a cair abaixo de US$ 26.000. De acordo com o CoinGecko, a criptomoeda vale cerca de US$ 25.800, ou R$ 128.600, em preços atuais. No Brasil, a alta do Bitcoin também foi de 0,5%.
Dentro do Top 10, somente Bitcoin, BNB e Solana (SOL) conseguiram registrar ganhos em mais um dia marcado por fracos volumes e desempenhos. A BNB ficou praticamente estável, com alta de 0,1%, e a SOL registrou ganhos de 0,9% – os maiores do Top 10.
O volume de mercado das criptomoedas não apresentou variações e se manteve em US$ 1,08 trilhão (R$ 5,38 trilhões), com um volume de negociação que atingiu US$ 28,8 bilhões, alta de 10% nas últimas 24 horas. A dominância do Bitcoin ficou em 46,5% e a do ETH em 18,1%, totalizando 64,6% do mercado.
Fluxo de BTC para exchanges aumenta
Ao que tudo indica, esta breve valorização nos preços transformou-se numa oportunidade de venda, conforme sugerido pelo aumento nos depósitos das exchanges. De acordo com a empresa de análise on-chain Santiment, a oferta de Bitcoin nas exchanges atingiu o maior valor em duas semanas.
Alegadamente, mais de 6.000 BTC, no valor de impressionantes US$ 128,5 milhões, foram enviados para as exchanges nas últimas 24 horas. O aumento no fluxo de entrada de Bitcoin geralmente indica intenção de venda, o que pode causar correções. Nesse caso, as vendas provavelmente impediram o BTC de se manter acima de US$ 26.000.
Por isso, é importante monitorar a oferta de BTC nas exchanges, que cresceu 3,1% nas últimas duas semanas. À medida que a atual fase de lateralização se prolonga, os investidores parecem ser movidos pelo desejo de garantir lucros modestos, acrescentou Santiment.
Dessa forma, qualquer movimento de alta pode desencadear uma pressão para realizar lucros. Esta, por sua vez, faz os investidores venderem e, na falta de volume comprador, impedir novas valorizações. Um círculo vicioso.
No entanto, após a recente recuperação, US$ 26.000 continua sendo um nível chave a ser observado pelos investidores. Até agora, o preço do Bitcoin tem formado um padrão de topo duplo, indicando mais quedas pela frente. No entanto, se o preço da criptomoeda conseguir se manter acima da marca de US$ 26.000, a teoria do topo duplo permanecerá invalidada.
Futuros e liquidações
O pico de valorização deu um novo ânimo ao mercado, permitindo o crescimento dos valores nos derivativos. De acordo com o Coinglass, o volume de futuros cresceu 25% e atingiu US$ 63,2 bilhões. A Binance respondeu por US$ 12 bilhões e a OKX manteve a segunda posição com US$ 4,81 bilhões.
Por outro lado, o volume de liquidações nas últimas 24 horas foi de US$ 85,4 milhões, com alta de 47,4%, dos quais US$ 45 milhões liquidaram posições vendidas. O Bitcoin liderou as perdas nas posições compradas ao passo que o ETH registrou as maiores liquidações entre os comprados.
A maior liquidação ocorreu num contrato futuro de Bitcoin na BitMEX, causando perdas de US$ 5,15 milhões, mas outros 34.461 traders foram liquidados em posições menores.