Bitcoin registra nova alta histórica na Argentina
Envolvida em mais uma crise política e econômica grave, a Argentina está testemunhando uma crescente demanda por criptomoedas em meio à agitação política que antecede as eleições presidenciais marcadas para domingo, dia 22 de outubro.
Essa demanda acelerou o “criptodólar”(como é conhecido o mercado de stablecoins em dólar no país) e, como consequência, impulsionou o preço do Bitcoin (BTC) para novos patamares históricos.
O “criptodólar” registrou valores de compra e venda de 1.074 e 1.160 pesos argentinos (ARS), respectivamente, de acordo com o DolarHoy.
Curiosamente, o criptodólar superou o valor do “dólar azul” que governa o mercado informal de câmbio e foi cotado em 1.050 e 1.100 pesos argentinos no momento da redação deste artigo.
Com a desvalorização contínua da moeda nacional, o Bitcoin agora é avaliado em mais de 30 milhões de pesos argentinos. Em plataformas como a Binance P2P, a criptomoeda está sendo negociada por US$ 31 milhões de pesos argentinos para compra. Em outros locais, como Belo, o preço atinge 34 milhões de pesos, de acordo com o Criptoya.
Bitcoin na Argentina
Esse cenário surge em meio aos esforços dos argentinos para se protegerem da inflação, que passa de 100% até o momento em 2023, de acordo com o Instituto Nacional de Estatística e Censos (INDEC).
A Argentina mantém a triste posição de ser o terceiro país com a inflação anual mais alta do mundo, ficando atrás apenas da Venezuela e do Líbano.
A situação econômica delicada da Argentina viu Javier Milei, candidato presidencial do partido “La Libertad Avanza” vencer as eleições primárias (PASO) contra as duas principais forças políticas existentes até o momento, o Kirchnerismo e o Macrismo.
Entretanto, os três principais partidos políticos obtiveram resultados muito próximos, com uma diferença inferior a três pontos percentuais. Portanto, há especulações sobre o resultado das eleições presidenciais deste domingo e a possibilidade de um segundo turno entre as duas principais forças.