Bitcoin tem correção e interrompe sequência positiva
Nesta terça-feira (14), o mercado abriu praticamente no vermelho depois que o Bitcoin (BTC) experimentou uma correção após vários dias de alta. De acordo com o CoinGecko, o preço da criptomoeda sofreu uma queda de 1,5%, chegando aos US$ 36.320. No Brasil, a cotação caiu 1,4% e o Bitcoin abriu o dia valendo R$ 178.280.
Por causa disso, todas as criptomoedas do Top 10 registraram quedas nas últimas 24 horas. Algumas delas foram moderadas, como o Ether (ETH), que perdeu 0,4% e ainda está acima de US$ 2.000 (o preço atual é de US$ 2.034). A BNB caiu 0,5%, enquanto a XRP experimentou perdas de apenas 0,1%.
Por outro lado, outra parte das criptomoeda sofreu desvalorizações bem mais expressivas. Além da queda de 1,5% do BTC, o preço da Cardano (ADA) caiu 3,7% e a Dogecoin (DOGE) perdeu 5,6%. Mas quem liderou as perdas no Top 10 foi a Solana (SOL), que abriu o dia em forte desvalorização de 8,4%.
Com essas perdas, o valor de mercado total das criptomoedas caiu 1,5%, atingindo US$ 1,43 trilhão (R$ 7,06 trilhões). O volume de negociação movimentou US$ 61,7 bilhões, alta de 25%, e a dominância do Bitcoin caiu 51,1%. Já a do Ether também ficou igual, com 17,6%, o que fez as duas criptomoedas terem 68,7% do mercado.
Bitcoin e criptomoedas no aguardo da inflação dos EUA
A queda no preço das criptomoedas indica cautela dos investidores antes da divulgação de dados econômicos cruciais nos Estados Unidos. Nesta terça-feira sairá o Índice de Preços ao Consumidor (CPI) e do Índice de Preços ao Produtor (PPI), que medem a inflação oficial do país.
Divulgados pelo Federal Reserve (Fed), os dois dados tornam esta semana um ponto focal. O mercado antecipa informações sobre a saúde econômica do país, com particular preocupação quanto ao impacto da inflação na recente dinâmica do mercado. Logo, se a inflação vier mais alta, a tendência é que os preços dos ativos de risco caiam.
Os analistas enfatizam a sensibilidade do Bitcoin aos indicadores econômicos, nomeadamente ao CPI. Relatórios anteriores mostraram a reação do Bitcoin às flutuações econômicas quando um aumento anual de 3,7% em setembro causou uma ligeira queda, destacando a volatilidade da criptomoeda.
A perspectiva do mercado é que o CPI de outubro atinja 3,3% na comparação de 12 meses, contra 3,7% em setembro. Além disso, os economistas preveem que o Core CPI permaneça estável, refletindo um aumento mensal de 0,3% e um aumento anual de 4,1%.
“Depois de muita euforia nas últimas semanas, o mercado está prestes a recuar um pouco, movimento perfeitamente normal. Acredito que nem o BTC e nem as altcoins subam muito mais do que já subiram até o final de novembro. Novas altas expressivas devem ficar como presente de Natal”, disse Fernando Pereira, da Bitget.
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Futuros e liquidações
Com a queda nos preços no mercado à vista (spot), a movimentação nos derivativos voltou a registrar fortes altas. Nos futuros, os investidores movimentaram US$ 111,4 milhões, uma alta de 38,8% nas últimas 24 horas. Entre os futuros de Bitcoin, a Binance movimentou US$ 11,3 bilhões e manteve a liderança, seguida pela Bybit que movimentou US$ 4,75 bilhões.
Já quem apostou na alta do mercado sofreu com as liquidações – as posições compradas liquidaram US$ 132 milhões. No total, o volume de liquidações atingiu US$ 185,7 milhões, uma alta de 79%, e o Bitcoin liderou as perdas com liquidações superiores a US$ 32 milhões.
O número de traders que sofreu liquidações superou 89.000 nas últimas 24 horas, e a maior liquidação resultou em perda de US$ 3,86 milhões em uma posição de BTC na BitMEX.