BitSampa: leilão arrecada fundos para hospital de ‘cidade BTC’
No último fim de semana ocorreu o BitSampa, um dos maiores eventos de criptomoedas do Brasil, que se deu no Expo Center Norte em São Paulo. Ocupando os dias 10 e 11 de junho, o evento reuniu um leilão beneficente pelo segundo ano consecutivo.
Em 2022, o BitSampa leiloou um quadro temático do “Bitcoin Day” de El Salvador e arrecadou R$ 70 mil. Na edição deste ano, o produto leiloado foi um doce chamado Cuca, que recebeu o apelido de “Cuca Bitcoin”. O leilão arrecadou 450 mil satoshis (0,00450000 BTC), ou cerca de R$ 600 na cotação do dia do evento.
Este doce é típico da região de Rolante, no Rio Grande do Sul, cidade que recebeu o título de “capital mundial do Bitcoin” por causa de sua adoção da criptomoeda. O CriptoFácil já fez uma entrevista com um dos os organizadores do projeto Bitcoin é Aqui, que ganhou destaque global ao superar locais como a Bitcoin Beach de El Salvador.
De presente ao leilão
De acordo com Camilla, uma das organizadoras do Bitcoin é Aqui, o leilão ocorreu quase que de surpresa. A ideia inicial era presentear Felipe e Flávia Escudero, organizadores do BitSampa, com o doce típico da região Sul.
Afinal, Rolante possui o título de “Capital Nacional da Cuca”, que é um doce tipicamente da região. A região até possui um festival, o “Kuchenfest”, que tem no prato uma de suas atrações. A cuca tem produção artesanal e pode ser doce ou salgada, com receitas variadas.
Os organizadores do Bitcoin é Aqui receberam a cuca de Edson Reichert, morador de Rolante e apoiador do projeto. Mas antes de levar o doce de presente para os Escudero, Camilla decidiu fazer uma ação de engajamento.
“Lancei uma enquete no seu Instagram: pedindo sugestões do que poderia ser feito com a tal cuca, a resposta veio: leilão beneficente! Falei com o Felipe e a Flávia, prometendo recompensa-los com outra, e eles toparam na hora!”, disse Camilla.
O leilão ocorreu no palco principal do BitSampa no sábado, 10 de junho.
A disputa
Assim como ocorreu no ano passado, o leilão do doce foi marcado por uma grande disputa no início. Os lances começaram a R$ 50 e aumentaram conforme os usuários se empolgavam com a disputa.
Dessa vez o leilão não ocorreu em Ether (ETH), mas sim em Bitcoin (BTC), algo apropriado para uma cidade 100% bitcoiner. Além disso, o vencedor faria o pagamento do lance através da Lightning Network, rede de segunda camada que fornece transações rápidas e ágeis para o BTC.
No fim, um concorrente de peso entrou na disputa: o 2GO Bank, patrocinador master do BitSampa, por meio do seu CEO Cyllas Elia. Mesmo assim, a disputa terminou somente quando o preço da cuca atingiu a marca de R$ 600, lance vencedor dado por Cyllas.
Em BTC, o valor corresponde a 450 mil satoshis e o CEO do 2GO pagou no ato por meio da Lightning. De acordo com Camilla, o dinheiro irá direto para a Fundação Hospitalar de Rolante, uma das entidades que aceitam BTC na cidade. E o resultado do leilão foi ainda melhor do que o esperado.
“A fundação hospitalar de Rolante é o primeiro hospital do Brasil a aceitar Bitcoin como forma de pagamento. Então, nada melhor que eles serem os merecedores do resultado do leilão. Logo que acabou o leilão, um expectador me chamou para o lado e disse que queria doar R$ 100 para o hospital também! Então o total arrecadado chegou aos R$ 700,00, que convertidos em BTC alcançaram 550 mil satoshis”, disse Camilla.
Por fim, além de participar do leilão, o Bitcoin é Aqui recebeu um convite da organização do BitSampa para participar de um painel e relatar a experiência de “bitcoinização” da cidade.
“Aliás, o evento todo foi uma ótima surpresa, conseguimos apresentar nosso projeto de uma maneira incrível e fomos muito bem recebidos pela comunidade, que aplaudiu de pé a cidade de Rolante”, finalizou Camilla.
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Camisa autografada
Outro grande momento foi quando o Huberto Leal, criador do projeto Hold BTC 100, pediu uma camiseta do projeto Bitcoin é Aqui e começou a recolher autógrafos de todos os presentes no BitSampa.
A camisa recebeu autógrafos de todos os grandes nomes do mundo de Bitcoin =, como uma demonstração de apoio. De acordo com Camilla, o projeto ainda vai decidir o que fazer com o item, mas a possibilidade de um novo leilão não está descartada.