BlackRock compara Bitcoin às ‘sete magníficas’ e sugere investimento na criptomoeda
A gestora de ativos BlackRock foi além em sua defesa ao Bitcoin (BTC). Em um relatório publicado nesta quinta-feira (12), a gestora afirmou que o BTC traz um perfil de risco semelhante ao das ações das “sete magníficas”. Esse título se refere às ações de Apple, Microsoft, Amazon e outras empresas que estão entre as mais valorizadas do S&P 500.
Além disso, o relatório da gestora, publicado na revista Forbes, também recomendou que os investidores aloquem até 2% do seu portfólio em BTC. De acordo com o analista de ETFs Eric Balchunas, é a primeira vez que a gestora indica um percentual fixo de alocação para o BTC.
Em outubro, a gestora chegou a prever uma forte valorização para o Bitcoin e disse que os grandes investimentos ainda não chegaram. O CEO da empresa, Larry Fink, também já elogiou a criptomoeda no passado, mas ambos não haviam sugerido percentuais de alocação até o momento.
Alocação de 1% a 2% em Bitcoin
Escrito pelos analistas da BlackRock, o relatório declarou que o Bitcoin oferece um perfil de risco semelhante ao das sete empresas magníficas (Apple, Amazon, Tesla, Nvidia, Meta, Google e Microsoft). Ou seja, os analistas reforçaram a correlação do BTC com as empresas do setor de tecnologia dos EUA.
Nesse sentido, o documento recomenda que os investidores façam uma alocação entre 1% a 2% do seu portfólio em Bitcoin. Embora destaque a relação entre o BTC e as ações tradicionais, a BlackRock sugeriu que pode haver uma divergência em breve.
A BlackRock afirmou que isso acontecerá devido a fatores como a fragmentação global do sistema financeiro, crescentes tensões geopolíticas, falta de confiança no sistema financeiro e déficits crescentes.
Apesar do forte argumento para o BTC, empresas como a Microsoft ainda estão incertas sobre seu potencial. Conforme noticiou o CriptoFácil, acionistas da Microsoft rejeitaram a proposta de incluir Bitcoin no caixa da empresa. De acordo com a decisão, o conselho utilizou a volatilidade do BTC como justificativa
Enquanto isso, gestora deu a entender que o preço do Bitcoin pode ter mais dificuldade em registrar o tipo de ganhos aos quais se acostumou com o passar do tempo. Isso se deve ao fato de que quanto mais o BTC se valoriza, mais difícil fica atingir retornos exponenciais.
“As características de retorno provavelmente mudarão significativamente quando o mercado atingir um estado-alvo em que potencialmente a alocação do portfólio é muito mais tática como o ouro. Quando isso acontecer, o BTC provavelmente se transformará em um ativo de proteção com um conjunto muito diferente de características”, disse Samara Cohen, diretora de investimentos de ETF da BlackRock.
Motivo dessa mudança
Em uma publicação no X, o analista da Bloomberg James Seyffart explicou por que a BlackRock pode ter feito essa recomendação.
Seyffart afirmou que a gestora provavelmente está recebendo muitas perguntas de clientes sobre como dimensionar uma alocação para o IBIT, ETF de Bitcoin da empresa. A resposta foi direcionada a Balchunas, que se questionou os motivos da rcecomendação da BlackRock.
Assim como seu colega, Seyffart observou que esta é a primeira vez que a BlackRock dá um número específico de alocação para BTC. Por isso, o relatório teria como objetivo responder às perguntas dos clientes.
Vale a pena mencionar que o IBIT é o ETF mais bem-sucedido de 2024 até agora, com US$ 53,86 bilhões em ativos sob gestão. Ele quebrou diversos recordes ao longo do ano e já é uma das entidades de mercado que mais possui BTC acumulados.
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