Bolívia pode passar o Brasil na adoção das criptomoedas
A Bolívia, conhecida por seu ritmo econômico moderado e por sua limitada inclusão financeira, pode em breve surpreender o cenário latino-americano na adoção de criptomoedas e superar o Brasil.
Segundo Mariela Baldivieso, representante do partido Comunidade Cidadã, o país tem potencial para subir ao topo do ranking de países que mais utilizam criptoativos na região, superando até mesmo gigantes como Brasil, Argentina e Venezuela.
Em uma declaração durante o Blockchain Summit Latam 2024, realizado na Colômbia, Baldivieso destacou que a Bolívia, com uma população de aproximadamente onze milhões de habitantes, já transaciona cerca de 15 milhões de dólares por mês em criptomoedas.
Esses números são impressionantes, especialmente considerando que o país está apenas começando a se consolidar nesse mercado. Ela acredita que a nova legislação e a mentalidade mais aberta dos bolivianos em relação aos criptoativos serão os motores dessa ascensão.
A trajetória de crescimento da Bolívia no uso de criptomoedas é resultado de uma combinação de fatores, incluindo a modernização legislativa e a necessidade de alternativas monetárias devido à escassez de dólares no país.
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Criptomoedas na Bolívia
Recentemente, o banco central boliviano suspendeu a proibição de bitcoin e outras criptomoedas, uma restrição que estava em vigor desde 2014. Essa mudança foi impulsionada por iniciativas comunitárias que pressionaram por uma regulamentação que favoreça tanto novos usuários quanto veteranos do mercado de criptoativos.
O desejo da Bolívia de se destacar na adoção de criptomoedas não para por aí. O governo também está de olho em regulamentar atividades como a mineração sustentável de criptomoedas e a tokenização de ativos, tanto públicos quanto privados. Essas iniciativas visam não apenas modernizar o setor financeiro do país, mas também colocar a Bolívia em uma posição de liderança tecnológica na América Latina.
No entanto, desafios significativos ainda precisam ser superados. O país enfrenta um atraso em sua infraestrutura tecnológica e uma baixa inclusão financeira, com dois em cada cinco bolivianos apresentando níveis insatisfatórios de inclusão, segundo o Índice de Inclusão Financeira Credicorp 2023.
Para que a Bolívia realmente assuma a dianteira na adoção de criptomoedas, será crucial avançar em políticas públicas que promovam o acesso financeiro e a educação digital.
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