Braiscompany: 16 pessoas são indiciadas por prática de pirâmide financeira
A Polícia Federal concluiu o inquérito que investiga a suposta pirâmide financeira Braiscompany, com sede em Campina Grande, na Paraíba. Ao todo, o inquérito indiciou 16 pessoas por envolvimento no esquema. De acordo com o blog Pleno Poder, do Jornal da Paraíba, que confirmou o indiciamento, a Polícia ainda não fez a denúncia formal do grupo.
Entre os indiciados estão os fundadores da empresa, Antônio Neto Ais e sua esposa Fabrícia Campos, mas o casal continua foragido da Justiça desde fevereiro deste ano.
Além de Antônio e Fabrícia, a Polícia indiciou Gesana Rayane Silva, Fernanda Farias Campos, Flávia Farias Campos, Clelio Fernando Cabral do O, Mizael Moreira Silva, Marcos Avelino dos Santos, Vitor Hugo Lima Duarte, Sabrina Mikaele Lima, Felipe Guilherme Silva Souza, Fabiano Gomes da Silva e Deyverson Rocha Serafim, Eluyllo Weslwy Lima Queiroz, Paulo Roberto Araújo dos Santos e Artur Barbosa da Silva.
Conforme o portal, o responsável por assinar o relatório do inquérito foi o delegado da Polícia Federal, Victor de Arruda Oliveira.
Caso Braiscompany
Na última semana, conforme noticiou o CriptoFácil, a Polícia Federal (PF) e o Ministério Público Federal (MPF) deflagraram a Operação Trade-Off. O objetivo foi combater a lavagem de dinheiro decorrente dos crimes contra o sistema financeiro e contra o mercado de capitais.
De acordo com as investigações, nos últimos quatro anos a Braiscompany movimentou valores equivalentes a cerca de R$ 2 bilhões em criptoativos. Na operação, agentes da PF cumpriram três mandados de busca e apreensão, dois em São Paulo (SP) e um em Aracaju (SE).
Além disso, a 4ª Vara Federal da Seção Judiciária da Paraíba emitiu uma ordem judicial para bloquear R$ 136 milhões em bens em nome dos investigados alvos da operação. Além do bloqueio de bens, a PF apreendeu cofres e máquinas de contar dinheiro, em endereços ligados ao investigado que teria ajudado no processo de lavagem de dinheiro da Braiscompany.
A Braiscompany é uma empresa que captava investidores sob a promessa de investimentos em criptomoedas. Sua plataforma oferecia retornos que variavam entre 8% e 10% ao mês. No entanto, após atrasos, a “Brais” passou a ser suspeita de aplicar um golpe com criptomoedas.
Em fevereiro deste ano, a PF apreendeu R$ 15,3 milhões ligados à Braiscompany em exchanges de criptomoedas. Na mesma ocasião, os agentes apreenderam cinco veículos na ação, dos quais três eram carros considerados de luxo, além de 27 relógios (Rolex, Hublot, Patek Philipe) e dinheiro em espécie: cerca de US$ 10 mil e R$ 188 mil.